Alouatta belzebul é uma espécie de bugio, da família Atelidae e gênero Alouatta, conhecido por guariba-de-mãos-vermelhas. É endêmico no Brasil, ocorrendo em duas populações: na Amazônia e na Mata Atlântica do litoral do Nordeste. A anatomia deste gênero apresenta variações entre os primatas, como o desenvolvimento atípico da laringe. Estas variações ocorrem principalmente por fatores comportamentais, defesa de alimentos e território. O objetivo deste estudo foi estabelecer dados comparativos das estruturas do sistema respiratório de A. belzebul com a de outros primatas humanos e não humanos e mamíferos. Foram usados para este estudo sete espécimes de A. belzebul onde observou-se na laringe a presença de musculatura, membranas e ligamentos, em consonância às estruturas observadas em primatas humanos, e um osso hioide bastante evidente. A traqueia do Alouatta belzebul é constituída de 11 a 12 anéis cartilagíneos incompletos. Nas estruturas pulmonares, notou-se um quarto lobo no pulmão direito, no esquerdo apresenta somente dois lobos, que se assemelharam com outros primatas não humanos, como sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus) e macaco-prego (Sapajus libidinosus), mamíferos domésticos, como canídeos e felinos e mamíferos silvestres, como jaguatirica (Leopardus Pardalis) e raposa (Cerdocyon thous). O estudo contribuiu para discussão sobre aspectos evolutivos do sistema respiratório e atuação clínica e cirúrgica do médico veterinário.
RESUMO O conhecimento da anatomia de qualquer animal silvestre é de fundamental importância para sua preservação e proteção. Neste contexto, o presente estudo objetivou descrever a morfologia do sistema reprodutor feminino de Alouatta belzebul. Foram utilizados seis espécimes de A. belzebul, fêmeas, adultas, e livres de lesões. Observou-se macroscopicamente que os ovários têm características morfológicas em formato ovoides, com superfície lisa, e, na análise histológica na região de córtex, evidenciou-se folículos ovarianos em diferentes estágios de desenvolvimento. As tubas uterinas anatomicamente são finas e curvilíneas, apresentando uma camada mucosa, uma muscular e outra serosa. O útero possui formato simples, com fundo globoso, com um miométrio altamente vascularizado, sendo organizado em feixes de fibras musculares lisas. A estrutura anatômica da vagina apresentou-se como um tubo muscular longo de paredes finas, onde, na região vestibular, o óstio externo da uretra é marcado por uma papila uretral bilobada e, na região de vulva, em sua porção caudal, contatou-se um clitóris bem desenvolvido. No que concerne à análise histológica da vagina, verificou-se, em região de mucosa vaginal, um extrato basal composto por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado atrófico. As descrições morfológicas fornecem, de forma inédita, informações importantes relativas à anatomia macroscópica e microscópica do sistema reprodutor feminino dessa espécie.
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