Qualea grandiflora Mart. ocorre em matas de galeria e cerrado, sendo conhecida popularmente como pauterra. Com o objetivo de obter informações sobre a propagação reprodutiva dessa espécie foi estudado o efeito da temperatura sobre a germinabilidade das sementes. As temperaturas utilizadas foram: 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC. As sementes foram semeadas em substrato papel-toalha, na forma de rolo, com quatro repetições, sendo a unidade experimental constituída por um rolo com 25 sementes. O experimento seguiu o delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. Houve emissão de raiz primária em temperaturas de 15 a 40 ºC. Valores entre 78 e 93 % foram obtidos numa ampla faixa de temperaturas, entre 15 e 35 ºC. A formação de plântulas normais ocorreu em faixa mais restrita, entre 20 e 35 ºC. A protrusão de raiz iniciou no sétimo dia após a semeadura, exceto a 15 ºC que proporcionou um processo lento e gradativo, iniciando no décimo quarto dia após a incubação. A 40 ºC a germinabilidade foi inferior a 15 % e não houve formação de plântulas normais. Para germinação de sementes de pau-terra, recomenda-se a faixa de temperatura entre 20 e 30 ºC. Palavras-chave: pau-terra; germinação; espécie medicinal.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a fenologia de Lafoensia pacari St. Hill. em duas áreas de Cerrado Mato-Grossense que se distinguem pela fitofisionomia: Cerradão e Cerrado sentido restrito, entre fevereiro de 2015 a janeiro de 2017, utilizando o índice Fournier. Correlacionaram-se as fenofases queda de folhas, brotação, floração e frutificação, com as variáveis ambientais: temperaturas máxima e mínima, umidade relativa e precipitação. A queda foliar ocorreu nos meses de julho e agosto de 2015, com 80 e 84%, e em 2016 entre agosto e setembro com 92 e 88% nas áreas 1 e 2, respectivamente. A queda das folhas se intensificou no auge do período de seca nas duas áreas. A brotação se iniciou no período chuvoso nas duas áreas. Botões florais foram observados no final do período chuvoso e por todo o período seco nas áreas 1e 2, entre os meses de maio a julho de 2015. Em 2016, os botões florais foram observados de abril a agosto na área 1 e em março na área 2. Na área 1, o pico de intensidade dos botões florais ocorreu em junho de 2015 e em maio de 2016, com 14 e 25%, respectivamente. O índice de intensidade de botões foi inferior a 2% na área 2. O pico de intensidade da antese na área 1 ocorreu em maio de 2015 e em junho de 2016, com 9 e 17%, respectivamente. O índice de intensidade de floração atingiu valores inferiores a 2% na área 2. O índice de intensidade de frutos imaturos e maduros apresentou valores inferiores a 8 e 5%, respectivamente, na área 1. Na área 2, não foi observado o processo de frutificação. Lafoensia pacari apresentou intensa senescência das folhas no auge do período seco. Os indivíduos da área de Cerradão apresentaram maior desempenho, principalmente das fenofases reprodutivas.
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