A reforma agrária no Brasil foi pauta de discussões durante as décadas de 1950/1960 e, posteriormente nas décadas de 1980/1990, construindo-se diálogos com relação a sua necessidade, efetividade e a maneira como poderia ser aplicada. Sem consenso, a política de reforma agrária foi implementada de maneiras diferentes na tentativa de sanar problemas no meio rural. O objetivo deste artigo é analisar a ação dos governos em cada ciclo político direcionado à reforma agrária, a partir de 1995. A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica, que procura em fontes escritas, contextualizar uma ação. Se notam as divergências entre as ações em cada governo, com direcionamentos distintos, entretanto, os resultados têm sido semelhantes, já que não houve de fato uma reforma agrária no Brasil. Como citar este artigo:CATTELAN, Renata; MORAES, Marcelo Lopes de; ROSSONI, Roger Alexandre. A reforma agrária nos ciclos políticos do Brasil (1995-2019). Revista NERA, v. 23, n. 55, p. 138-164, set.- dez., 2020.
O processo de modernização da agricultura brasileira, apesar da ampla bibliografia acerca do tema, não é uma discussão esgotada. Entre as principais discussões em aberto, destacam-se os impactos da modernização e a heterogeneidade do processo de modernização. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil da modernização da agricultura dos municípios do Paraná ao longo dos anos de 1975, 1985, 1995 e 2006. Para tal, utilizou-se da análise de clusters aplicada a fatores de modernização, estimados por Rossoni et al. (2018) por meio da análise fatorial. Foram determinados 8 clusters, sendo confirmado pelo teste ANOVA. De modo geral, verifica-se diferentes perfis de municípios ao longo do processo de modernização. Desse modo, além de diferentes períodos, o processo de modernização ocorreu de diferentes modos entre os municípios. Tais diferenças possivelmente estão relacionadas às características endógenas, como aptidão do solo, estrutura produtiva e mercado disponível, além de fatores externos, como a disponibilidade de crédito e o mercado externo.
Resumo: A boa gestão dos recursos públicos é de fundamental importância para o bem-estar social e dinamismo da atividade econômica. Neste sentido, o objetivo deste artigo é verificar se a boa gestão fiscal de determinado município, medido pelo IFGF, afeta o nível de atividade econômica dos municípios vizinhos, medido pelo PIB percapita. Para isso, foi utilizada a análise exploratória de dados e a análise espacial bivariada local das variáveis para os anos de 2006 e 2014. Os resultados apontam para a existência de autocorrelação positiva. Sendo assim, foi possível observar que uma boa gestão dos recursos afeta positivamente o nível de atividade econômica do próprio município e, por efeitos de difusão espacial e transferência de renda, afeta positivamente o nível de atividade econômica dos municípios vizinhos, corroborando a teoria de Hirschman sobre os efeitos de transbordamento das economias regionais e dos efeitos espaciais.
Palavras-chave: Gestão fiscal, interdependência, municípios paranaenses, IFGF, PIB.
Os setores econômicos em geral sofrem modificações com a inserção de capital humano, alguns com mais intensidade do que outros. Por este motivo, a educação tem papel primordial no crescimento e no desenvolvimento de uma nação. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é verificar se existe relação espacial entre a qualidade do ensino e a especialização dos setores produtivos. Ainda, verificar em qual dos setores a influência da educação é mais significativa. A metodologia utilizada foi a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) com objetivo de identificar espacialmente como ocorre a associação entre as duas variáveis para os municípios do estado do Paraná, para os anos de 2012 e 2016, comparativamente. A variável utilizada para medir a qualidade do ensino foi o IDEB, enquanto que a variável referente à especialização dos setores foi calculada por meio do Quociente Locacional (QL), utilizando como variável base o número de empregos por setor. Os principais resultados indicaram que a especialização do setor agropecuário e do setor de serviços é associada negativamente com a variável IDEB, enquanto que os setores do comércio, construção civil e indústria apresentam relação positiva com a qualidade da educação, para os dois anos.
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