Objetivo: analisar as resistências opostas pelos profissionais de saúde mental em álcool e outras drogas à implementação efetiva da redução de danos nos dispositivos de atenção psicossocial. Métodos: estudo qualitativo e exploratório, realizado com dez participantes, entre agosto e dezembro de 2012, por meio de entrevistas semiestruturadas e adotando-se a hermenêutico-dialética como técnica analítica. Projeto aprovado pelos comitês de ética em pesquisa (CAEE nº 0005.0.196.000-11). Resultados: identificaram-se resistências à abordagem de redução de danos pelos profissionais do serviço, consistentes em atitudes inclinadas à psiquiatria tradicional. Considerações finais: a redução de danos encontra resistências no curso de sua operacionalização pelo atravessamento de concepções alinhadas ao paradigma anterior, que ainda se interpõem nas práticas institucionais.
Com base em uma pesquisa documental realizada na Vara da Infância e Juventude de São Paulo, que continha decisões judiciais determinando o encaminhamento de crianças e adolescentes usuários de substâncias psicoativas para tratamento no campo da saúde mental, este estudo objetivou analisar a orientação das decisões judiciais em relação ao modelo assistencial adotado nos casos concretos: o modelo psiquiátrico clássico ou o modelo de assistência proposto pela reforma psiquiátrica. Os resultados revelaram que, “a priori”, não há uma orientação assistencial definida, havendo a necessidade da análise do caso concreto, especialmente em relação a duas condições essenciais para a determinação do paradigma assistencial no campo da saúde mental adotado nas decisões judiciais: avaliação da esfera territorial dos pacientes e o conhecimento do específico serviço de saúde mental indicado para o tratamento.
Considerando que as atitudes dos profissionais de saúde influenciam suas práticas assistenciais, objetivou-se mensurar as atitudes desses profissionais frenteao álcool, alcoolismo e alcoolista. Foram entrevistados 288 profissionais de 12 Centros de Atenção Psicossocial Álcool/Drogas por meio da Escala de AtitudesFrente ao Álcool, Alcoolismo e Alcoolista. Apontou-se tendência a atitudes positivas, sobretudo dos profissionais com nível superior e que desenvolviamintervenções dirigidas a alertar os riscos do consumo do álcool e a desenvolver consciência crítica dos problemas. Entretanto, os trabalhadores apresentaramatitudes negativas frente à etiologia do alcoolismo e aqueles que desenvolviam intervenções dirigidas à abstinência apresentaram atitudes menos positivas.
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