Este texto propõe uma reflexão sobre o trabalho prático efetuado com os conhecimentos linguístico-discursivos na sala de aula de língua portuguesa. Após reflexões gerais sobre o ensino e a aprendizagem desses conhecimentos, apresenta-se uma análise de um exercício de livro didático, focalizando os seguintes pontos: o tipo de conhecimento veiculado e a forma de exploração desse conhecimento. Conclui-se que as propostas de ensino continuam sugerindo uma “aplicação de conteúdos”, combinando-os a práticas reconhecidamente “tradicionais” e que o professor está frequentemente “confinado” dentro do que preestabelece o discurso dos produtores (DE CERTEAU, 1996). A partir daí, discute-se sobre a formação necessária ao professor de LM para que esteja em condições de “desobedecer” ao que já está posto (DE CERTEAU, 1996; SANTOS, 2007, 2008).
Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a contribuição da noção de compreensão responsiva ativa para o ensino de línguas e para o ensino de forma geral, utilizando uma experiência vivenciada com pesquisas e trabalhos orientados desde 1995, no quadro do GP/CNPq Ensino e aprendizagem de línguas, nos quais essa noção é articulada com outras e com outros saberes relativos ao ensino e à aprendizagem. Neste texto, partirei de reflexões gerais sobre o ensino e a aprendizagem e suas carências em relação ao tema abordado, retomarei a noção de língua/linguagem numa perspectiva dialógica, passando, em seguida, para um estudo da compreensão responsiva ativa em diversos livros do chamado Círculo de Bakhtin, concluindo com uma articulação entre essas reflexões e as questões teóricas e práticas no âmbito do ensino e da aprendizagem relacionadas com a discussão.
A língua como "tesouro" versus a resposta ativa do sujeito: o discurso da mídia impressa sobre a reforma ortográfica e implicações para o ensino de línguas ··· ··············:····· ··· ··············· ·························· ·············· ················· ··· ····································· ······
Professora do Curso de Graduação em letras e do Programa de Pós-Graduação em letras da FALE/Universidade Federal de Alagoas. É líder do grupo Ensino e aprendizagem de línguas. cadastrado no Diretório do CNPq, e desenvolveu ª. pesquisa Autonomia relativa na produção em diferentes contextos de ensino, financiada com auxilio do CNPq, no período de 2007 a 2009.
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