Resumo: O objetivo deste trabalho foi mensurar e analisar o empoderamento das mulheres, em sua maioria agricultoras, associadas à Lar Cooperativa Agroindustrial ou participantes enquanto cônjuges dos cooperados. Para a obtenção dos resultados, foram coletados dados primários por meio de questionários aplicados a 150 casais de agricultores e agricultoras, totalizando 300 entrevistados. A partir desses dados, foi feita a aplicação de uma adaptação do Women’s Empowerment in Agriculture Index (WEAI). O resultado da pontuação, por meio do índice WEAI adaptado, indicou que ocorre forte empoderamento feminino, pois atendem requisitos em mais de 80% dos indicadores ponderados. O teste de sensibilidade, considerando outros pontos de corte, confirmou esse resultado. Ademais, verificou-se que, mesmo que as mulheres apresentem um nível elevado de empoderamento, a disparidade entre os gêneros, em favor dos homens, ainda persiste. Ou seja, evidencia-se que, embora o status das mulheres vinculadas à agricultura na região Oeste do Paraná seja elevado, a lacuna entre os gêneros, em favor dos homens, prevalece. Por fim, constatou-se que os entrevistados possuem uma percepção positiva sobre o empreendedorismo e reconhecem a importância de atividades que estimulem uma maior atuação feminina na agricultura, sobretudo aquelas promovidas pela Cooperativa.
O cultivo de algodão arbóreo, que representava quase um quarto da produção nacional e ocupava metade da área colhida na década de 1970, foi praticamente extinto, enquanto a produção de algodão herbáceo cresceu e se consolidou a partir dos anos 2000. Este estudo avaliou a produtividade do algodão herbáceo de 1974 a 2019, período em que o país minimizou a dependência externa e se tornou referência no mercado internacional, respondendo por 15,6% das exportações mundiais. Procurou-se verificar uma possível quebra estrutural da produtividade. A praga do bicudo, a otimização dos recursos naturais e a melhoria tecnológica, como também a criação de organizações e associações de produtores, estimularam a reestruturação produtiva, em que as unidades produtoras foram realocadas no território. Os resultados indicaram que a produtividade apresentou mudança de intercepto e de tendência em 1999. A taxa de crescimento anual foi de 2,03% antes e 2,43% posteriormente. A mudança de nível ficou em 81,91%. As transformações institucionais e produtivas foram responsáveis pelos ganhos de produtividade, o que permitiu a expansão produtiva e contribuiu com um efeito poupa-terra de 12,2 milhões de hectares no tempo.
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