Objetivo: este trabalho resume a experiência do Grupo de Pesquisa em Ergonomia, Trabalho e Agricultura, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sobre a análise do trabalho agrícola com a utilização da Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Método: reflexão circunstanciada com base no referencial teórico-metodológico da AET. Resultados: apresentam-se reflexões sobre a utilização da AET em um contexto de pesquisa acadêmica, focado no estudo do trabalho na agricultura, por meio de estudos sobre o trabalho na fruticultura e horticultura orgânica, na colheita manual da cana-de-açúcar, na avicultura de corte, em unidades de beneficiamento de tomates e na colheita florestal. Conclusões: a AET mostrou-se apropriada como um meio de aproximação ao objeto da pesquisa e sua utilização auxiliou na lapidação das hipóteses iniciais e no detalhamento dos procedimentos metodológicos.
A movimentação manual de cargas (MMC) nas unidades de beneficiamento de tomates (UB) é a atividade laboral mais freqüente nas etapas do processo de beneficiamento. O objetivo deste estudo foi analisar, sob a ótica da ergonomia, as tarefas de MMC em seis UB de tomate de mesa do Estado de São Paulo. Foi aplicado o método da análise ergonômica do trabalho (AET) para conhecimento dos problemas associados à carga laboral. Nos postos de trabalho onde a MMC foi predominante, aplicou-se o método da equação do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) para determinar o Limite de Peso Recomendado e o método do Diagrama das Áreas Dolorosas para identificar as áreas do corpo dos trabalhadores que apresentam desconforto. Em todas os casos estudados, o peso real da carga movimentada manualmente superou o limite de peso recomendado pelo NIOSH.
, onde, de acordo com a mesma metodologia, o tempo de exposição máxima não deveria ultrapassar 1h35min. A Garra Traçadora apresentou os níveis mais próximos e dentro das recomendações das referidas normas: 0,99 m . s -2
Uma negociação tripartite entre a Fundacentro, o Sindicato dos Empregados Rurais de Araraquara e a Usina Santa Cruz permitiu a realização do estudo sobre o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e das ferramentas de trabalho durante a execução da atividade de cortar manualmente a cana-de-açúcar. A problemática se manifestou frente às estratégias utilizadas pelos trabalhadores para viabilizar o uso conjunto das ferramentas e dos EPI, prescritos como obrigatórios pela Norma Regulamentadora Rural nº 4 (Ministério do Trabalho e Emprego) e pelas normas internas da empresa. A principal estratégia desenvolvida pelos trabalhadores foi emborrachar o cabo do facão com o objetivo de minimizar o efeito da falta de aderência entre a luva de proteção e o cabo da ferramenta. A metodologia utilizada no presente estudo foi analisar qualitativamente, através da aplicação de questionários, quatro modelos de luvas junto a 47 trabalhadores, além de analisar quantitativamente o coeficiente médio de atrito estático (µ) desenvolvido entre as luvas e a madeira com que é confeccionado o cabo do facão. Os experimentos foram feitos com madeira limpa e emborrachada e com luvas novas e usadas. A pesquisa qualitativa apontou a luva de proteção de raspa de couro e nylon como a preferida dos trabalhadores, pelo conforto advindo do fato desta luva se ajustar bem às mãos, de não prejudicar os movimentos e não ocasionar danos às mãos. O coeficiente de atrito estático (µe) depende do tipo de luva, da condição da luva e do tipo de superfície.
This project aimed the characterization of the physical workload of the organic horticulture by determining the frequency of exposure of operators to some activity categories. To do this, an adaptation of the PATH method (Posture, Activities, Tools and Handling) was done to be used in the context of agriculture work. The approach included an evaluation of physical effort demanded to perform the tasks in the work systems from an systematic sampling of work situations from a synchronized monitoring of the heart rate; a characterization of posture repertoire adopted by workers by adapting the OWAS method; an identification of pain body areas using the Corlett diagram; and a subjective evaluation of perceived effort using the RPE Borg scale. The results of the individual assessments were cross correlated and explained from an observation of the work activity. Postural demands were more significant than cardiovascular demands for the studied tasks, and correlated positively with the expressions of bodily discomfort. It is expected that, besides the knowledge obtained of the physical effort demanded by organic horticulture, this project will be useful for the development of new technologies directed to minimize the difficulties of the human work and to raise the work productivity.
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