Introdução: garantir o acesso e o Uso Racional de Medicamentos (URM) na Atenção Básica à Saúde (ABS) é essencial para a resolutividade dos sistemas de saúde. No Sistema Único de Saúde, a Assistência Farmacêutica (AF) foi conduzida com o enfoque logístico, objetivando somente a disponibilidade de medicamentos para o usuário, o que é insuficiente para o URM. Objetivo: descrever a abordagem dada a AF pelos gestores na ABS e as consequências dela. Fonte de dados: documentos oficiais, normativas e trabalhos acadêmicos que correlacionaram AF e ABS. Resumo das conclusões: A AF foi vista pelos gestores pela ótica da logística - ações foram realizadas para que o medicamento esteja disponível para dispensação aos usuários, entanto, essas ações não foram suficientes para atingir o URM. Ficaram evidentes os riscos associados ao uso inadequado de medicamentos que geraram desfechos clínicos negativos e aumentaram os custos do sistema. Este último ocorreu pelo aumento da prevalência de Eventos Adversos a Medicamentos, presença de regimes terapêuticos complexos e pela judicialização da saúde. É necessária uma mudança no modelo de AF na ABS conforme preconizado na Política Nacional de Atenção Básica, com Serviços Farmacêuticos ofertados conforme a necessidade da comunidade. Isso pode ocorrer pela integração das Farmácias aos territórios. Para isso, o planejamento da AF deve ocorrer de forma ascendente, envolvendo usuários, instâncias locais de participação e profissionais de saúde.
Resumo A participação em saúde tem gerado um grande número de publicações em todo o mundo. Para conhecer as especificidades dessa produção nas Américas, foi realizada uma análise bibliométrica de artigos em inglês, espanhol e português. Foram realizadas buscas na BVS, PubMed, SCOPUS, WOS e SciELO, consolidando uma base de dados com 641 referências. Com auxílio do software VOSviewer, analisamos padrões de citação, coautoria e a distribuição cronológica por países e idiomas. Foi possível verificar o crescimento da produção, a relevância quantitativa e o impacto dos diferentes países. A análise indicou que os EUA concentram o maior número de citações, e o Brasil, apesar de ser o primeiro em número de publicações, é o terceiro em número de citações. O mesmo ocorre com os periódicos brasileiros que, com o maior número de artigos, caem no ranking dos mais citados. Nos dez artigos mais citados, descatam-se trabalhos desenvolvidos nos EUA e Canadá. A análise de coautoria indicou que a Universidade de Toronto, a Fiocruz e a Universidade de Harvard são as que mais têm colaborações formais com outras organizações. Concluímos que existem desigualdades de impacto, visibilidade e internacionalização neste campo, indicando obstáculos para o desenvolvimento científico e das políticas de saúde.
Objective: To gather and synthesize current evidence that evaluates Pharmaceutical Services in hypertension, from an economic point of view. Methods: A systematic review of articles published from 2009 to September 2020 in PubMed, Scopus, Lilacs and Cochrane was carried out, following PRISMA guideline. Two reviewers screened and selected independently of the studies, extracted the data and assessed the risk of bias. Results: 2,223 articles excluding duplicates were found in the databases. After analyzing the inclusion and exclusion criteria, 12 studies were included, 8 were experimental and 4 were observational. The PS was performed in community pharmacies, outpatient clinics and hospitals, with interventions performed only by pharmacists or in collaboration with other professionals. Most of the interventions were cost-effective, improving clinical parameters and improving the quality of life. Only one intervention did not show significant results in relation to usual care. Conclusion: PS have been associated with positive economic impacts and interventions have significantly reduced direct medical costs. However, there is a need to develop more robust research, such as randomized and controlled studies, in order to allow a more assertive assessment regarding the cost-effectiveness of pharmaceutical services
A presente revisão narrativa discute a relevância e os desafios da participação em saúde para o fortalecimento dos sistemas de atenção à saúde. Partindo de uma definição de participação em saúde como um processo dinâmico que dá às pessoas acesso e controle sobre os recursos de saúde por meio de envolvimento e experiência, o artigo sintetiza informações obtidas em documentos e debate em um evento internacional (Seminario Internacional: Experiencias y Modelos de Participación en Salud en América Latina y el Caribe). A esse material, foram agregados os resultados de buscas nas bases SciELO, PubMed e Google Acadêmico utilizando os termos “community participation”, “community engagement”, “social control” e “community health planning”. Foram selecionados artigos de revisão e de opinião em âmbito nacional ou transnacional, sem limite de data ou idioma. A participação em saúde é um conceito atual, legitimado nas recomendações para políticas de saúde descritas em documentos e publicações recentes. Em todo o mundo, cresce o número de estudos sobre o assunto; porém, nas Américas, três países (Estados Unidos, Canadá e Brasil) concentram a maioria das publicações. Os estudos abordam questões oportunas e demonstram consenso entre os pesquisadores de cada grupo independente. Entretanto, a área carece de intercâmbios e análises comparativas que contrastem diferentes experiências que transcendam as fronteiras nacionais e ampliem o conhecimento sobre a participação em saúde. Aconselha-se a criação de espaços de troca de experiências e oportunidades de pesquisa, bem como o estabelecimento de redes profissionais e de pesquisa no campo da participação em saúde.
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