Trata-se de um estudo transversal descritivo e retrospectivo com o objetivo de identificar a carga de trabalho e as taxas de absenteísmo da equipe de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva-Adulto (UTI) de um hospital de ensino no interior do estado de São Paulo. A população de estudo foi composta por duas partes: a primeira por todos os pacientes que permaneceram internados, no período de 01/01/2014 a 31/01/2014, totalizando 53 pacientes, e a segunda parte por relatórios gerenciais da unidade de saúde do trabalhador e as escalas mensais de folga, do período de 01/01/2012 a 31/01/2014. A amostra estudada foi composta, predominantemente, por pacientes do sexo masculino (54,7%), com idade média de 58,8 anos, submetidos a tratamento cirúrgico (51,0%), procedentes do Centro Cirúrgico (43,4%) e com tempo médio de permanência na unidade de 13 dias. A maioria dos pacientes (75,5%) teve como destino a unidade de internação em sua saída da UTI. Segundo os valores obtidos do escore NAS (Nursing Activities Score) (média de 68,4), a carga de trabalho produzida pelos pacientes necessita de 11 profissionais de enfermagem por turno para supri-la. No que diz respeito ao escore APACHE II, teve um valor médio de 15,8 pontos. As licenças para tratamento de saúde (LTS) compuseram o maior percentual em dias (43,8%) relativos às ausências não previstas. A taxa de absenteísmo foi de 2,02% e 3,99% para enfermeiros e de 6,09% e 7,71% para auxiliares/técnicos de enfermagem, respectivamente, nos anos de 2012 e 2013. O dimensionamento de trabalhadores de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva, com a utilização de instrumentos que permitem identificar a carga de trabalho, configura-se como uma importante ferramenta aos gestores, possibilitando a tomada de decisões administrativas.