Em 2018 realizaram-se 14928 interrupções voluntárias de gravidez (IVG) em Portugal, 95,8% por opção da mulher. A principal causa invocada foi a toma incorreta e a descontinuidade do método contracetivo. A evidência científica sugere que a altura ideal para aderir a um contracetivo é durante a experiência vivida da IVG. Objetivos: Conhecer o impacto do aconselhamento contracetivo na escolha dos contracetivos pelas mulheres em processo de IVG. Método: Revisão da literatura realizada de 1 a 31 de janeiro de 2020, segundo as orientações do Joanna Briggs Institute e a questão "Qual o impacto do aconselhamento contracetivo realizado às mulheres em processo de IVG na escolha do método?". Recorreu-se à plataforma EBSCO e bases de dados CINAHL, MedicLatina e Cochrane Central Register of Controlled Trials, incluíram-se estudos em português, inglês ou espanhol em mulheres com idade igual ou superior a 16 anos. Resultados: Elegeram-se 11 estudos, entre 2014 e 2020. Todos na língua inglesa e nenhum realizado em Portugal. O aconselhamento favorece a escolha e a adesão aos métodos contracetivos, sendo influenciada pela qualificação dos profissionais, acessibilidade e disponibilidade gratuita de contracetivos. A análise qualitativa dos estudos, permitiram uma melhor compreensão dos aspetos psicossociais das mulheres em processo de IVG.
Resumo: Estima-se que a nível mundial cerca de metade das gravidezes não são planeadas e estão relacionadas com a não utilização, falha, uso incorreto ou descontinuação de métodos contracetivos. Os enfermeiros são agentes importantes de promoção de saúde, onde se inclui o aconselhamento contracetivo. Objetivos: Compreender a perceção de enfermeiros, sobre os aspetos que promovem a tomada de decisão por um método contracetivo por parte de mulheres após a Interrupção voluntária de gravidez. Métodos: Estudo descritivo com abordagem qualitativa recorrendo a um grupo focal. Os critérios de inclusão dos participantes foram: enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, realizarem aconselhamento contracetivo, e desejarem participar no estudo. O grupo focal foi realizado com cinco enfermeiros que participam na consulta de interrupção voluntária de gravidez numa unidade hospitalar da região de Lisboa e Vale do Tejo, em agosto de 2020. Foi efetuada a análise de conteúdo dos discursos, relativamente à tomada de decisão contracetiva, segundo a metodologia defendida por Bardin, com recurso ao software WebQdA®. Resultados: Os enfermeiros apontam os aspetos socioculturais, estratos económicos mais desfavorecidos, a idade, a baixa literacia geral e em saúde como os principais fatores condicionantes na escolha dos métodos contracetivos. Conclusões: A compreensão dos fatores que conduzem às escolhas contracetivas das mulheres pode alavancar em intervenções promotoras da saúde sexual e reprodutiva.
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