Objetivou-se neste estudo avaliar e comparar o uso dos coagulantes sulfato de alumínio e tanino SH no tratamento de efluente gerado em abatedouro avícola utilizando os processos de coagulação/floculação. O resíduo foi coletado em uma agroindústria da região Oeste do Paraná e conduzido ao laboratório para caracterização. Foram testados os dois coagulantes em cinco concentrações diferentes (50; 75; 100; 125 e 150 mg L-1) com três repetições para cada tratamento e os ensaios foram constituídos de tempo de mistura rápida (coagulação) de 2 min com velocidade de agitação de 120 rpm, tempo de mistura lenta (floculação) de 20 min com velocidade de agitação de 30 rpm e tempo de sedimentação de 40 min. As variáveis resposta monitoradas foram: cor, turbidez e demanda química de oxigênio (DQO), obtidas do efluente tratado, além da quantificação da produção de lodo (g L-1). Os melhores resultados para a remoção de cor e turbidez foram obtidos no tratamento com o uso do tanino SH na maior concentração (150 mg L-1) com 98,55 ± 0,35 e 99,43 ± 0,32%, respectivamente, enquanto que a remoção de DQO alcançou maior eficiência com o uso do mesmo coagulante na concentração de 125 mg L-1 (73,29 ± 5,84%). Não foi constatada diferença estatística para a produção de lodo entre os tratamentos aplicados. O coagulante orgânico tanino SH pode ser uma alternativa para o tratamento de efluente de abatedouro avícola pois obteve resultados satisfatórios nas condições testadas, além da produção de um lodo orgânico, que apresenta maior facilidade para disposição final.
Objetivou-se, neste estudo, avaliar o efeito da aplicação de adubação mineral e doses crescentes de biofertilizante obtido da digestão anaeróbia da manipueira no desenvolvimento de plantas de soja. O experimento foi conduzido em ambiente protegido na Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Setor Palotina, no período de outubro de 2015 a março de 2016. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualisado, com seis tratamentos compostos das seguintes doses e aplicados em cinco repetições: adubação mineral 02-20-20 (NPK) e 0, 40, 80, 120 e 160 kg ha-1 de K2O. Os seguintes parâmetros foram avaliados: altura, Índice de Clorofila Falker (ICF), diâmetro de caule, número de ramificações, massa seca da parte aérea e radicular, número e massa dos grãos e teor de óleo. A adubação mineral sobressaiu em relação à adubação orgânica para os parâmetros de ICF e diâmetro de caule e, ao final do ciclo, detectou-se diferença apenas no número de grãos, com maior valor na dose de 160 kg ha-1 de K2O. O teor de óleo nos grãos de soja foi inferior na adubação mineral e menores doses de K2O, sugerindo que maiores doses proporcionaram um efeito positivo. O biofertilizante da digestão anaeróbia da manipueira pode ser um aliado à adubação mineral, visando a redução de custos, bem como o aproveitamento e destinação correta deste resíduo.
ResumoOs resíduos gerados em agroindústrias podem ser destinados corretamente na agricultura reduzindo impactos ambientais e se forem utilizados como insumo orgânico podem aumentar a produtividade do solo e obter bons resultados após o plantio. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência do uso de biofertilizante produzido a partir da digestão anaeróbia de efluente de processamento de mandioca nas características de solo cultivado com soja. Utilizou-se a variedade Monsoy 6210 IPRO e os tratamentos foram constituídos de seis níveis: adubação mineral 02-20-20 e cinco doses de biofertilizante (0; 40; 80; 120 e 160 kg ha -1 de K2O), com cinco repetições cada. Após o desenvolvimento das plantas de soja, o solo de todos os tratamentos foi coletado e caracterizado no Laboratório de Química Analítica e Análises Ambientais da UFPR -Setor Palotina considerando-se as variáveis de pH, condutividade elétrica, cálcio e magnésio, matéria orgânica, acidez trocável e acidez total. O cultivo da soja e uso da adubação mineral e de biofertilizante contribuíram para o aumento do pH em relação ao Revista Brasileira de Energias Renováveis, v.8, n.2, p.468-479, 2019 valor inicial (5,50). Com relação a matéria orgânica os maiores valores encontrados foram para o tratamento com 160 kg ha -1 de K2O. Os teores finais de cálcio e magnésio não superaram os iniciais indicando, possivelmente, absorção pela planta ou lixiviação desses elementos. O biofertilizante por ter elevada carga orgânica apresenta-se como opção para aumentar a fertilidade podendo demonstrar efeitos positivos no solo.Palavras-chave: adubação orgânica, biofertilizante, fertilidade do solo. AbstractResidues generated in agroindustries can be correctly destined in agriculture reducing environmental impacts and it used as an organic input can increase soil productivity and obtain good results after planting. Therefore, the objective of this study was to evaluate the influence of the use of biofertilizer produced from the anaerobic digestion of cassava processing effluent on soil characteristics cultivated with soybean. It was used the Monsoy 6210 IPRO variety and the treatments consisted of six levels: mineral fertilization 02-20-20 and five doses of biofertilizer (0; 40; 80; 120 and 160 kg ha -1 de K2O), with five replications each. After the development of the soybean plants, the soil of all treatments was collected and characterized in the Laboratory of Analytical Chemistry and Environmental Analysis of the UFPR -Palotina Sector, considering the variables of pH, electrical conductivity, calcium and magnesium, organic matter, exchangeable acidity and total acidity. Soybean cultivation and use of mineral fertilizer and biofertilizer contributed to the increase of pH in relation to the initial value (5.50).Regarding organic matter, the highest values were for the treatment with 160 kg ha -1 de K2O. The final contents of calcium and magnesium did not exceed the initials indicating, possibly, absorption by the plant or leaching of these elements. The biofertili...
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