O objetivo desta pesquisa foi identificar os hábitos de consumo, preocupação quanto à segurança alimentar e percepção do risco alimentar nos hábitos de consumo da carne bovina em consumidores do município de Jataí, - GO. Foram entrevistadas 100 pessoas, sendo a maioria de mulheres (68%), com escolaridade entre fundamental completo e ensino médio completo (76%), e renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (56%). A carne bovina é consumida por 98% dos entrevistados sendo que 73% possuem o hábito de consumir carne bovina nas refeições mais de quatro vezes durante a semana. A aparência foi o atributo mais relevante para a compra da carne bovina, assim como a higiene do funcionário e do local. Os entrevistados também relataram uma preocupação extrema com relação à carne bovina quanto ao controle higiênico do armazenamento e comercialização, presença de bactérias que fazem mal à saúde, resíduos de drogas veterinárias e doenças transmitidas pelo animal. O estudo da percepção dos consumidores em relação aos atributos e os riscos associados ao consumo de carne bovina torna-se uma opção estratégica no fomento de programas voltados à promoção da saúde pública e também ao desenvolvimento de outros estudos sobre o assunto no Brasil.
Na produção de alimentos de origem animal, diversas etapas representam riscos de contaminação que podem resultar em agravos à saúde dos consumidores. A inspeção e a fiscalização da produção, pelos órgãos governamentais, visam reduzir os riscos a níveis seguros, porém, as exigências sanitárias podem representar um entrave para a legalização da produção pelos agricultores familiares. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a informalidade da produção e comércio dos alimentos pelos agricultores familiares de três Projetos de Assentamentos do município de Jataí, GO. Foram entrevistados 83 agricultores, dos quais 61,4% desenvolviam a bovinocultura de leite, 21,7% a avicultura, 18% a suinocultura, 10,8% a apicultura e 3,6% a piscicultura. A produção de leite era comercializada com as cooperativas (69%), com os laticínios locais (25%) e diretamente com os consumidores (6%). As carnes de suínos e peixes eram destinadas, em sua totalidade, para venda direta aos consumidores. Já a carne de frango também era comercializada em feiras municipais (31,1%) e em restaurantes locais (8,9%). Nenhum dos estabelecimentos possuía registro no serviço oficial de inspeção. Estudos nessa área tornam-se essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o agricultor familiar a fim de possibilitar a formalização da produção e o comércio dos produtos de origem animal.
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