Objetivo: Analisar como a gestante percebe a participação do parceiro na rotina pré-natal. Método: Estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa. Coleta de dados entre março e junho de 2016, por meio de entrevista semiestruturada, com 11 gestantes, a partir da 28ª semana de gestação, sendo estes submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática. Resultados: Das participantes do estudo, apenas uma teve acompanhamento integral do parceiro, outras cinco relataram a presença apenas na realização da ultrassonografia obstétrica. Daquelas que relataram ausência, o trabalho foi apontado como principal fator, também se observou que questões de gênero influenciam nesta ausência, pois a gestação é vista como momento exclusivo da mulher. Considerações finais: É imprescindível que os serviços de saúde estejam sensíveis à inserção do parceiro nesta rotina, e que hajam parcerias intersetoriais entre a saúde, o setor jurídico e a educação que possam estimular esta mudança.
Objetivo: Identificar fatores associados à ocorrência de gravidez não planejada em duas Estratégias de Saúde da Família. Método: Estudo transversal, realizado nos meses de agosto/2015 a outubro/2016, com amostra de 89 gestantes e 51 puérperas. Foi realizada coleta de dados secundários no SISPRENATAL WEB. As diferenças entre as proporções foram verificadas, mediante uso dos Testes Qui-quadrado de Pearson e o Exato de Fischer ao nível de 5% de significância estatística e a magnitude das associações entre as variáveis foram avaliadas por meio da razão de prevalência. As análises foram realizadas com o auxílio do software estatístico R. Resultados: Observou-se prevalência de 75% de gestação não planejada. Verificou-se associação estatisticamente significante entre intercorrência durante a gestação atual e o tipo de gravidez não planejada. Conclusão: A elevada ocorrência de gravidez não planejada, sobretudo entre aquelas que apresentaram intercorrência indica a necessidade de estabelecerem estratégias de saúde à atenção desta população. Descritores: Gravidez não planejada; Planejamento familiar; Saúde da mulher.
Considering social movements (MH) as agents for the production of information and actions that are fundamental to improve the health conditions of workers and their relevance in the history of health-work relations in Brazil, the article analyzes MH knowledge and practices related to collection, systematization, dissemination of information and intervention actions in contemporary slavery from the perspective of worker’s health surveillance (VISAT). Exploratory research of a qualitative nature was carried out on discursive practices of MS in the struggle for the eradication of slave labor in Brazil. Interviews with activists, documents produced by MS and observation of meetings and seminars were analyzed here according to Foucault. The results demonstrate the existence of a popular surveillance of contemporary slave labor, operated by MS with pioneering and original mechanisms for collecting, systematizing and publicizing data on occurrences of slavery associated with intervention strategies to defend the lives of workers. It is concluded that this popular practice of slavery surveillance challenges the SUS to expand dialogues with different knowledge and MS to include the theme in its VISAT actions.
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