ResumoEste artigo uniu dois temas de importância significativa -sucessão familiar e gênero -para a economia brasileira em uma única pesquisa, visando trazer uma contribuição tanto prática quanto acadêmica. Por um lado, esperamos que o maior entendimento por parte das mulheres herdeiras das suas especificidades no processo de sucessão venha a ajudá-las a vivenciá-lo com um menor número de conflitos. Por outro, esperamos contribuir para o enriquecimento da literatura brasileira sobre questões de gênero na sucessão dessas empresas familiares, tema ainda muito pouco explorado em nível mundial e que vem sendo apontado por teóricos como uma linha de pesquisa que precisa ser mais aprofundada, à medida que casos de sucessão feminina se tornam mais comuns. O objetivo da pesquisa foi verificar no ambiente brasileiro como ocorria a preparação para a tomada de poder por essas mulheres, como elas sentiam a criação de sua identidade como potenciais sucessoras e como percebiam as principais questões abordadas pela literatura mundial sobre o tema. Por meio de dados qualitativos, obtidos em entrevistas em profundidade com sete herdeiras de empresas de setores diversos, localizadas na cidade do Rio de Janeiro, foi possível levantar importantes questões ligadas ao estágio inicial da sucessão pela mulher nos negócios familiares. Resultados indicaram a falta de um planejamento antecipado de ingresso na empresa, dificuldade e demora na criação de identidade, angústia pela ausência de perfil empreendedor, perda nas redes sociais de contato, excesso de proteção pelo pai e saudável equilíbrio vida/trabalho. Palavras-chave: empresas familiares; processo sucessório; questões de gênero. AbstractThis article combined important subjects for the Brazilian economy seeking to make a practical and theoretical contribution. We hope the better understanding of the succession process by women can help them and their families to prepare for some predictable problems. We also hope to contribute for the enrichment of the Brazilian literature on gender issues in family business as this subject still requires further research, and succession by women becomes a common phenomenon. . The objective of this study was to identify how Brazilian women prepared themselves to take over their family's firm, how they perceived their identity as potential successors, and how they perceived the whole process of succession. Data were collected via in-depth interviews with seven female successors of diverse industries located in the city of Rio de Janeiro. Results indicate the lack of preparation to join the company, difficulties in creating an identity, an anxiety for not demonstrating entrepreneur skills, a closure of social connections and excessive protection from fathers. On the positive side, results also indicate that a healthy work-life balance can be achieved during the process.
Este estudo descreve a transformação do contrato psicológico no caso de duas empresas brasileiras, do setor de serviços, privatizadas no biênio 1997-1998. Os dados foram coletados por meio de 42 entrevistas em profundidade, realizadas em dois Estados da Região Sul e em um Estado da Região Sudeste. As entrevistas foram realizadas entre os diversos níveis hierárquicos das empresas e incluíram 2 diretores de recursos humanos, 17 gerentes de nível médio e 23 funcionários de nível administrativo e operacional. A análise utilizou o modelo proposto por Rousseau (1996), que identifica quatro estágios na transformação do contrato psicológico: (1) ameaça ao contrato antigo; (2) preparação para a mudança; (3) criação de novo contrato; e (4) vivência no novo contrato. De acordo com a pesquisa, contratos psicológicos, ao serem renegociados, requerem o entendimento não apenas dos aspectos relativos às promessas - implícitas ou explícitas - percebidas pelos funcionários, mas também de outros pontos externos ao contrato, como a confiança preexistente na relação empregador-empregado, a mudança do ambiente externo (concorrência, mercado de trabalho) e a mudança do ambiente interno (cultura organizacional, tecnologia adotada).
PurposeThe purpose of this research project is to focus on the acquisition of a Brazilian state owned energy distribution company by a Spanish conglomerate during the privatization process. It aims to verify if the performance indicators implemented by the acquiring company during the post‐acquisition phase were compatible with the organizational culture (OC) dimensions identified by Hofstede et al. It tries to identify if the values and practices fostered by the company transformation plan (such as democratic management, results orientation and focus on people) were in agreement with the organizational identified culture dimensions.Design/methodology/approachThe methodology used in this study is based on a research design that combined quantitative research with a qualitative exploratory procedure.FindingsResearch results indicate the existence of substantial OC differences, as perceived by managers and by the bulk of employees, as shown by the existence of two OC clusters. Moreover, results also suggest the need of improving the coherence between performance indicators and the OC dimensions.Originality/valueEmerging markets are the growth engines of the world economy. There is increasing evidence that cultural incompatibility is the single largest cause of lack of projected performance, departure of key executives and time‐consuming conflicts in the consolidation of business.
This paper probes into the social process of sense making in changing organizations, trying to observe how participant individuals interpret contextual events and configure their notion of time. This notion of time then interacts with the dynamics of the lives of individuals and contributes to the adaptation to the new reality they are facing. The study was conducted in eight organizations and data were collected by means of 133 in-depth interviews with participants in the change processes. Results indicate that individuals establish a reference to central events in their attempt to make sense out of changes and in their effort to adapt to the new situation. In accordance with Lewis and Weigert (1981), the results also indicate the dominance of institutional time over interaction time as well as over self time. Finally, the results suggest that such configurations of time are influenced by official organizational rhetoric and by actions in change management.
Tempo e espaço são conceitos que estão na essência da construção da vida em sociedade e da própria constituição do ser. Na visão de autores como Giddens (1984) e Lefebvre (1991), a tradição sociológica tem, no entanto, dedicado maior atenção aos aspectos temporais da realidade social, relegando o espaço a um papel secundário. Este artigo se propõe a analisar como a noção de espaço e a dinâmica de sua produção influenciam a maneira como os indivíduos percebem as mudanças organizacionais, partindo da premissa de que as significações espaciais afetam a construção de suas identidades e suas possibilidades de subjetivação. O estudo faz parte de uma linha de pesquisa interinstitucional cujo objetivo é compreender a influência de tempo e espaço na produção da realidade organizacional e nos sentidos do trabalho. Os resultados, baseados nas experiências de 133 indivíduos em oito diferentes organizações, revelam que as mudanças são por eles percebidas e sentidas em termos das transformações que provocam nas práticas espaciais, nas representações de espaço e no espaço representacional, categorias apontadas por Lefebvre (1991) como fundamentais para que se compreenda a produção do espaço social. Nas conclusões, é proposto um quadro para análise da influência do espaço nas situações de mudança organizacional.
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