RESUMOForam utilizados 23 touros da raça Nelore entre os 10 e 20 meses de idade, para caracterizar o desenvolvimento puberal. Os animais foram criados em condições extensivas com alimentação em pasto e suplementação mineral. A cada duas ou quatro semanas foram realizadas colheitas de dados que incluíram medidas de peso corporal, circunferência torácica, comprimento e largura testicular e circunferência escrotal. Foram, também, colhidos ejaculados pela eletroejaculação e avaliados os aspectos físicos e morfológicos. No momento da colheita de sêmen foram aferidas as porcentagens de desprendimento entre pênis e prepúcio e determinadas as idades médias ao desprendimento total (IDPPRE). Foram determinadas as idades médias ao aparecimento dos primeiros espermatozóides (ISEM1) e dos primeiros espermatozóides móveis (ISEM2) no ejaculado, e a puberdade seminal (IDPUB). Estabeleceram-se os índices de capacidade andrológica por pontos (ICAP). Os touros Nelore apresentaram idades médias ISEM1, ISEM2 e IDPUB de 13,1±2,2, 13,6±2,3 e 14,8±1,8 meses, respectivamente, e IDPPRE de 18,1±1,9. Aos 16 meses de idade, o grupo apresentou 91,4%, 82,6% e 73,9% dos animais com ISEM1, ISEM2 e IDPUB manifestada, respectivamente. Observou-se correlação positiva entre idade dos touros e as características de crescimento corporal, testicular, aspectos físicos dos ejaculados e correlação negativa entre a idade dos touros e os defeitos espermáticos. Observou-se correlação negativa entre a idade dos touros e a pontuação para circunferência escrotal no ICAP à puberdade (-0,77; P<0,001). Touros da raça Nelore, criados a pastos, manifestaram a puberdade precocemente antes dos 15 meses de idade. Houve um período de 51 dias desde o aparecimento dos espermatozóides no ejaculado, até a puberdade seminal. A puberdade foi mais precoce nos touros jovens com maiores testículos.Palavras-chave: bovino, Nelore, puberdade, testículo, sêmen, circunferência escrotal ABSTRACT
Trinta e oito touros de cinco a seis anos de idade, andrologicamente testados, foram submetidos ao teste de libido em curral, e classificados em três categorias: alta (28,9% dos animais); média (39,5%) e baixa (31,6%) libido. Quatro touros de baixa e quatro de alta libido, andrologicamente avaliados, foram selecionados para teste de fertilidade e observação do comportamento sexual a campo com alta pressão de fêmeas em cio sincronizado. Não foram registradas associações entre libido e peso, circunferência escrotal e características seminais (P>0,05). Nos testes de campo, o impulso de monta foi o comportamento mais freqüente com 41 ocorrências. Nos rodeios,durante os picos de cios,observaram-se 75% de montas completas no grupo de touros de alta libido e 25% nos de baixa libido (P<0,05). A taxa de gestação ao final do período de monta foi de 42,1% para touros de alta e 25,0% para os de baixa libido (P<0,05). O teste de libido aplicado em curral foi eficiente em selecionar touros com maior número de montas completas a campo e, conseqüentemente, com taxas de gestação mais elevadas.
RESUMOEstudaram-se as variações no peso corporal, circunferência escrotal, características do sêmen e classificação andrológica por pontos (CAP) em 516 touros jovens da raça Tabapuã, de um (12 a 17 meses) e dois anos (21 a 27 meses) de idade, criados sob três regimes alimentares. Os regimes alimentares foram os seguintes: regime 1: animais criados em pasto, com suplementação mineral; regime 2: animais criados em pasto com suplementação de cana-de-açúcar, uréia (0,5%) e 2kg/animal/dia de concentrado comercial (84%NDT e 18%PB) no período da seca (julho a setembro); regime 3: animais estabulados que receberam, a partir do desmame (maio), dieta balanceada composta por cana-de-açúcar, capim-elefante, uréia (0,5%) e concentrado comercial (88%NDT e 19%PB), que variou de 2kg/animal/dia até atingir 6kg/animal/dia na idade adulta (27 meses de idade). Animais de um ano de idade submetidos ao regime alimentar 3 foram mais pesados (PC=416kg) e apresentaram maiores circunferência escrotal (CE=29,6cm), volume seminal (5,7ml) e motilidade espermática (42%), que os animais dos regimes 1 e 2. Não houve diferença entre as médias de peso corporal 232,44 e 279,34kg, circunferência escrotal 20,02 e 22,16cm, volume seminal 2 e 2,12ml e motilidade espermática 14,17 e 20,27%, dos animais nos regimes alimentares 1 e 2, respectivamente. Os animais de dois anos de idade, sob regime 3, apresentaram maior PC (490,82kg), CE (33,56cm) e CAP (71,71), em comparação aos animais dos regimes 1 e 2 que apresentaram PC (378,91 e 409,2kg), CE (30,66 e 30,31cm) e CAP (63,55 e 66,05), respectivamente. Houve diferença entre os animais do regime 3 e os animais dos regimes 1 e 2, para PC, CE e volume seminal. Animais maturos, sob regime 3, apresentaram 497,15kg de PC, 33,81cm de CE e 4,83ml de volume seminal, enquanto os animais do R1 apresentaram 388,53kg de PC, 30,81cm de CE e 2,92ml de volume, cujas médias não diferiram estatisticamente das apresentadas pelos animais do regime 2, que foram: 412,32kg para PC, 31,56cm para CE e 3,93ml para volume seminal. Touros imaturos aos dois anos de idade apresentaram maior PC (479,22kg) e CE (32,96cm) no regime 3, que os PC e CE dos animais dos regimes 1 (367,36kg e 29,56cm) e 2 (402,69kg e 29,55cm). A suplementação alimentar interfere no desempenho reprodutivo, com efeitos positivos sobre peso corporal, circunferência escrotal, características físicas do sêmen e CAP de touros jovens Tabapuã.
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