Resumo Este artigo investiga o adoecimento e as estratégias de enfrentamento do sofrimento no trabalho entre mulheres em cargos de gestão no ensino superior. Para tal, foi realizado estudo de caso quali-quantitativo, do qual participaram 34 mulheres, que responderam ao questionário sociodemográfico e de Avaliação de Prazer e Sofrimento no Trabalho, além disso, destas, sete responderam a uma entrevista. Os dados quantitativos foram submetidos à análise estatística e, os qualitativos, à análise de conteúdo, com apoio no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho para discussão dos dados. Na amostra, 52,9% das mulheres indicaram manifestações sintomáticas ou agravos à saúde e estabeleceram relação deles com o trabalho. As gestoras indicaram predominantemente estratégias de enfrentamento individuais, incluindo psicoterapia, uso de medicação, prática de terapias integrativas, espirituais e atividades físicas, além das pausas e de alguns recursos de enfrentamento coletivo, tais como encontro e conversa com colegas, amigos e familiares. Concluímos que são necessárias estratégias institucionais para reduzir o sofrimento e desgaste destas profissionais, prevenir o adoecimento e promover o prazer no trabalho.
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