A dermatofitose é uma doença infecciosa causada principalmente pelos fungos Microsporum canis e Trichophyton mentagrophytes que, geralmente, acometem as camadas superficiais da pele. Trata-se de uma antropozoonose e tem sinais clínicos variáveis como alopecia, eritema, desqueratinização e prurido; este presente somente em 50% dos casos. Para o diagnóstico, pode-se utilizar diversos exames complementares como lâmpada de wood em conjunto com exame citológico da pele, exame direto do pêlo e cultura fúngica. Neste relato, uma fêmea canina da raça Yorkshire apresentava histórico de infecção persistente mesmo com a terapia tópica e sistêmica recomendada. Ao exame físico notou-se alopecia e hipotricose em ponte nasal, bordas de orelhas externas e região de falanges, além de aumento de volume abdominal com telangiectasia. Na avaliação citológica observou-se estruturas compatíveis com artroconideos fúngicos e hifas, ao exame de lâmpada de wood também houve fluorescência, pelos também foram coletados para cultura. Iniciou-se o tratamento com itraconazol, mas houve recidiva após término do uso do antifúngico. Foram feitos exames hormonais e detectou-se o hiperadrenocorticismo (HAC). Assim, iniciou-se o uso do trilostano juntamente com o antifúngico havendo uma melhora significativa no quadro clínico e não foram encontrados, após tratamento, elementos fúngicos na citologia e cultura fúngica.
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