Enzimas são proteínas capazes de acelerar reações químicas e podem ser organizadas em seis classes de acordo com seu sítio ativo. Na Classe 3 estão as proteases, enzimas que atuam na hidrólise de ligações peptídicas e indispensáveis na coagulação, digestão de alimentos e até mesmo o melhoramento de produtos industrializados, como em detergentes, medicamentos e couro por exemplo. Por agir em muitas reações, as proteases se tornam uma grande aliada das indústrias de alimentos que utilizam essas enzimas para otimizarem seus produtos, modificando seu sabor, cor, forma, textura ou até mesmo a funcionalidade nutricional. O objetivo desta revisão é descrever características das proteases e o modo como elas são aplicadas em alguns ramos da indústria de alimentos. No setor de carnes as proteases são frequentemente utilizadas no amaciamento de carnes, sua ação de ocorre na degradação de proteínas presentes em todo o sistema conjuntivo. Autores afirmaram a eficiência de proteases de origem vegetal sobre as miofibrilas e o sarcômero carne de frango e de bacteriana de carne bovina. Para a produção de queijos as proteases são peças fundamentais na etapa de coagulação do leite para que ocorra normalmente o processo de fabricação. Na panificação o uso de proteases é bastante voltado para a degradação do glúten proteína que concede dureza a massa, foi constatado que seu uso aumenta a viscosidade da massa, diminui a dureza, melhora a textura e o sabor do produto. Já na indústria cervejeira as enzimas com atividade proteolítica são utilizadas para deixar o produto menos turvo, ou seja, na clarificação, na maturação do sabor e até mesmo na quantidade de espumas formadas pela bebida. Pesquisadores também testaram o uso de proteases na gradação do glúten presente na cerveja e constataram que a enzima foi capaz de diminuir o teor de glúten. Os dados observados demonstram que as proteases são bastante eficazes quando aplicadas em alimentos, suas propriedades podem agir em vários aspectos do produto levando a inovações, mudanças, melhoramentos e agregação de valores. Palavras-chave: Peptidases, biotecnologia, indústrias de alimentos e bebidas.
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