Este artigo mostra uma metodologia analítica aplicada ao estudo de clima urbano, inspirada no Urban Climate Map (UC-Map). Foram utilizados uma série de camadas de informação espacial, medições climáticas e conhecimento do clima urbano para avaliar e mapear o potencial térmico e dinâmico em área urbana, visando identificar diferentes campos térmicos. As informações foram agrupadas em quatro eixos principais, a saber densidade construtiva, albedo, cobertura vegetal e altimetria. A proposta metodológica foi aplicada para a cidade de Juiz de Fora-MG, uma área urbana de médio porte, localizada em uma região de mares de morros, na qual fatores como declividade e altitude são importantes no potencial térmico e dinâmico. O resultado da aplicação desta metodologia converge com os dados experimentais e evidencia os efeitos do uso do solo, dos materiais construtivos e do fluxo de pessoas e mercadorias na definição de diferentes campos térmicos. Evidencia que a distribuição e o tamanho da cobertura vegetal, além da amplitude da ventilação, interferem e proporcionam ambientes mais frescos e, portanto, reduzem o armazenamento de calor. A metodologia apresentada é simples de aplicar e pode ser adaptada para outras áreas urbanas com características semelhantes às de Juiz de Fora-MG. Methodological Propose Applied to The Urban Climate Study A B S T R A C TThis article shows an analytical methodology applied to the urban climate study, inspired by the Urban Climate Map (UC-Map). A series of layers of spatial information, climate measurements and knowledge of the urban climate were used to evaluate and map the thermal and dynamic potential in an urban area, in order to identify different thermal fields. The information was grouped into four main axes, namely constructive density, albedo, vegetation cover and altimetry. The methodological proposal was applied to the city of Juiz de Fora-MG, a medium-sized urban area, located in a region of sea of hills, in which factors such as slope and altitude are important in the thermal and dynamic potential. The result of the application of this methodology converges with the experimental data and evidences the effects of the use of the soil, constructive materials and the flow of people and merchandise in the definition of different thermal fields. It shows that the distribution and size of the vegetation cover, besides the amplitude of the ventilation interfere and provide fresher environments and therefore reduce the storage of heat. The methodology presented is simple to apply and can be adapted to other urban areas with characteristics similar to those of Juiz de Fora-MG.Keywords: Thermal fields, urban climate, spatial model, urban climate map, dynamic potential.
Nos últimos anos os desastres naturais tais como os deslizamentos de terra em áreas urbanas e em rodovias têm se intensificado e provocado mortes e grandes prejuízos materiais no Brasil, neste contexto, oobjetivo do trabalho foi analisar a relação entre a ocorrência de deslizamentos em Juiz de Fora e a pluviometria diária do município, bem como a partir da base de dados da Prefeitura/Defesa Civil, analisar a relação dos atributos do terreno do município com a legislação de uso e ocupação do solo, a fim de discutir a restrição de uso quanto à declividade. As variáveis de terreno empregadas neste estudo foram obtidas pelo modelo digital de elevação (MDE), tendo como base uma planta topográfica plani-altimétrica. Foram utilizados os pontos e polígonos de áreas de risco mapeados pela Defesa Civil. Analisou-se as áreas de risco em relação aos atributos do relevo, discutidos com base na lei de uso e ocupação do solo, que define que terrenos com declividade acima de 30% tem uso restrito. Os dados de pluviosidade foram correlacionados com os dias de ocorrência de deslizamentos. Os resultados apontaram a existência de 222 pontos como áreas de risco. Da sobreposição desses pontos com a declividade, obteve-se a relação entre áreas de riscos e relevo. De acordo com a lei municipal, 124 pontos estariam em áreas iguais ou acima de 30% de declividade, totalizando 56% das áreas de risco da região urbana. Apesar de vários bairros apresentarem declividades acima de 30%, as áreas de risco estão relacionadas às ocupações de baixo padrão social. Verificou-se 74% de probabilidade de deslizamento a partir de dados acumulados de chuva de 10 dias, para a precipitação igual ou acima de 150 mm, e 67% de probabilidade de deslizamentos em 15 dias de observações, para chuva igual ou acima de 200 mm. As equações obtidas nas funções lineares podem ser utilizadas pela defesa civil para enviar alerta de deslizamentos.
Ventos são complexos, mutáveis e muito imprevisíveis, podendo trazer inúmeros benefícios ou transtornos à sociedade. No entanto, ainda são poucos os estudos na climatologia brasileira que tem essa variável como elemento central da pesquisa. É partindo deste contexto, e da constatação de que há num clima urbano distintos gradientes barométricos produzidos a partir dos materiais que constituem as cidades (naturais ou antrópicos), que o presente ensaio metodológico traz como objetivo estudar os sentidos/direções possíveis dos ventos em uma área no centro da cidade de Juiz de Fora – MG, considerando os possíveis fatores que viriam a influenciar no fluxo do ar (relevo e altura dos edifícios) e a formação ou não de corredores de ventos. O estudo se deu utilizando de coleta em campo e em laboratório, através do software ArcGIS 10, e chegou-se a conclusões de que a direção dos ventos é variável principalmente conforme a localização do ponto e hora do dia, apresentando constância na velocidade dos mesmos, prevalecendo as de até 3Km na região baixa da cidade (próximo aos 700m) e até 6 Km no ponto da UFJF, que se localiza a uma altitude de 940 metros de altitude; e inconstância no sentido, não havendo direções predominantes.
A pesquisa teve como objetivo investigar a formação de campos térmicos na cidade de Ubá - MG. Como ferramenta foi aplicado o Modelo de Potencial Térmico (MPT) que integra diversas variáveis como: massa construída, albedo, emissividade, vegetação, impermeabilização, topografia e fator de visão do céu. Permitindo-se uma melhor visualização dos elementos que contribuem para a formação dos diferentes microclimas urbanos. Além da modelagem foram registradas as temperaturas do ar urbano e rural. Foi comprovado estatisticamente uma diferença entre comportamento dos dados de temperatura urbanos e rurais e intraurbanos entre diferentes topoclimas. Ao analisar os resultados do modelo correlacionado com registros de temperatura do ar noturno foram encontrados altíssima correlação entre os resultados dos dois métodos de investigação do clima urbano.
O presente artigo faz uma discussão metodológica sobre o tamanho da área, da qual deriva a temperatura do ar, lida por um sensor. Essa discussão se dá através da revisão da produção da Geografia Climatológica Brasileira e de uma investigação empírica considerando o sítio, o padrão de urbanização brasileiro, os equipamentos normalmente utilizados e nosso clima tropical. Elementos que divergem muito dos quais se deparam pesquisadores estrangeiros de referência. Baseando-se no levantamento bibliográfico, são definidos raios de 25, 50, 100, 150 e 200 metros correlacionados com a temperatura do ar e com o grau de impermeabilidade do solo em 8 pontos distintos da cidade de Ubá-MG. Chegou-se à conclusão que áreas de origem muito grandes (com raios maiores que 150m) ou áreas com raios muito pequenos (como 25m) não conseguem explicar bem a temperatura do ar em relação a área urbanizada desses pontos. Foi encontrado um melhor ajuste com raios de 50m e 100m em torno dos pontos, sendo 100m mais adequados para áreas menos adensadas e 50m para áreas mais densas com cânions urbanos mais profundos.
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