O presente artigo descreve o trabalho de campo vivenciado dentro do Programa de treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS – EpiSUS, o qual consiste em uma estratégia de educação permanente, com a finalidade de implantar no Brasil treinamentos em epidemiologia de campo, focado na prática dos serviços de saúde, resultando no aprimoramento dos trabalhadores da saúde e consequentemente no fortalecimento da capacidade de respostas das unidades de saúde nas ações de controle das doenças e agravos à saúde da população. O trabalho teve como objetivo relatar a experiência de descrição das etapas do ciclo da vigilância no contexto das vivências de campo do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos serviços do SUS. Trata-se de estudo descritivo, tendo como instrumento de coleta um formulário para entrevistar os integrantes da equipe de saúde da família localizada no Distrito Sanitário da Boca do Rio, na cidade de Salvador – Bahia, no período de agosto a outubro de 2018. Para a análise dos dados foram utilizadas a Matriz Swot e o Diagrama de Ishikawa. Conseguiu-se identificar os pontos fortes e fracos intrínsecos da unidade de saúde da família, bem como as ameaças e oportunidades que dependem de outras instâncias administrativas da saúde ou de instituições de outros setores para o funcionamento do ciclo da vigilância. Posteriormente, estratificou-se as possíveis causas de impedimento na operacionalização satisfatória do ciclo da vigilância epidemiológica, utilizando com parâmetro o déficit/ausência no monitoramento das doenças diarreicas agudas e por fim, classificou-se as circunstâncias de acordo com o grau de controle dos membros da equipe de saúde da família. Apesar das unidades de saúde da rede básica serem os espaços privilegiados para o desenvolvimento das ações de vigilância, observa-se nesse trabalho de campo que a sistematização dos dados epidemiológicos que deveriam ser interpretados e atualizados rotineiramente pela equipe de saúde, ainda são ações realizadas por técnicos de outras instância, seja por profissionais da vigilância epidemiológica do Distrito Sanitário ou da Diretoria de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Sendo, portanto, necessário investir em capacitações para superação das dificuldades encontradas, nesse sentido foi realizada uma roda de conversa com a equipe da unidade de saúde da família para devolutiva do trabalho, a fim de promover reflexão sobre as fases do ciclo de vigilância em saúde, bem como, apresentar recomendações para melhoria de qualidade das ações do mesmo.
Este artigo objetiva estimar a incidência de internações hospitalares por insuficiência cardíaca (IC) em residentes do município de Santo Antônio de Jesus (BA), entre os anos de 2008 e 2015. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo. Os dados foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), processados e sintetizados na forma de gráficos utilizando os programas TabWin456e e Microsoft Office Excel 2007. A incidência de internações hospitalares por insuficiência cardíaca foi analisada de acordo com ano, sexo e faixa etária. Foram observadas 1.633 internações por IC no período estudado. Houve um crescimento na incidência de internações, e o ano de 2015 foi o de maior número. No que remete às variáveis faixa etária e sexo, indivíduos com idade superior a 50 anos e homens apresentaram maior incidência do evento. A IC apresentou-se como de maior ocorrência entre as internações hospitalares quando referente a doenças do aparelho circulatório. O alto número de internações por IC observado no município durante o período estudado, além da incidência crescente, reforçam a necessidade de novos estudos a fim de se conhecer o perfil das pessoas internadas e a construção de políticas públicas de combate à IC. Palavras-chave: Insuficiência cardíaca. Incidência. Epidemiologia. Internações hospitalares.
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