A armadilha da baixa complexidade em Minas Gerais: o desafio da sofisticação econômica em um estado exportador de commodities

Abstract

Minas Gerais convive, há décadas, com o desafio da sofisticação econômica. Na tentativa de construir caminhos para a transformação de sua economia, o governo de Minas Gerais lançou a plataforma Dataviva, possibilitando a aplicação da abordagem da complexidade econômica no âmbito de políticas públicas de desenvolvimento. O artigo visa contribuir para essa reflexão, por meio da análise da complexidade econômica dos estados brasileiros no período entre 2002 e 2014, com foco em Minas Gerais. A pesquisa revela que a economia mineira está presa em uma “armadilha de baixa complexidade”, o que demanda uma intensa colaboração entre os setores público e privado para a descoberta e investimento em atividades que contribuam para a sofisticação econômica.

Development opportunities: economic complexity as a driver for São Paulo

“…As stated in the previous sections, there are relatively few empirical studies carried out at a regional level, as it is an area that still requires research at a national and international level. Still, it is worth noting that the results found in the figures above are in line with the work of Freitas and Paiva (2015) as well as with the study carried out by Salles et al (2018). Such studies also emphasize regional inequality of economic complexity, concentrated in the southern and southeastern regions.…”

“…As for related research carried out nationally, there are a number of regional studies based mainly on indicators available on the Dataviva platform (2021). Salles et al (2018) analyze the economic complexity of Brazilian states between 2002 and 2014, focusing on Minas Gerais, the third largest state economy in the country. The research reveals that the state is among those with the worst results in terms of economic sophistication, caught in a low-complexity trap; this demands intense collaboration between the public and private sectors so that they can identify and invest in activities that contribute to economic sophistication.…”

Oportunidades de desenvolvimento: a complexidade econômica como guia para o Estado de São Paulo

“…Como dito nas seções anteriores, estudos empíricos com o recorte regional aqui apresentado são poucos por ser uma área que ainda demanda pesquisa a nível nacional e internacional. Ainda, cabe destacar que os resultados encontrados nas figuras acima alinham-se com o trabalho de Freitas e Paiva (2015) assim como com o estudo realizado por Salles et al (2018). Tais estudos também ressaltam a desigualdade regional da complexidade econômica, concentrada nas regiões sul e sudeste.…”

“…Quanto a pesquisas relacionadas no cenário nacional, temos os estudos regionais que se baseiam principalmente nos indicadores disponíveis na plataforma Dataviva (2021) Salles et al (2018) analisam a complexidade econômica dos estados brasileiros no período entre 2002 e 2014, com foco em Minas Gerais, a terceira maior economia do país. A pesquisa revela o estado entre aqueles com os piores resultados em sofisticação econômica, estando preso em uma armadilha de baixa complexidade; o que demanda uma intensa colaboração entre os setores público e privado, de maneira que possam identificar e investir em atividades que contribuam para a sofisticação econômica.…”

Triple Helix analysis from Fapemig data for the last 10 years

“…Even with the strong presence of so many higher education and research institutions, some authors point to the presence of deficiencies in the state system, such as the coexistence of a modern sphere with a marginalized one, the low involvement of industries in activities related to innovation and regional concentration of scientific and technological productions (Albuquerque, 1999; Salles, Rocha, Porto, & Vasconcelos, 2017). Therefore, the correction of these regional inequalities is essential for the state’s economic advance.…”