A complementaridade entre sinais PREAUT e IRDI na análise de risco psíquico aos nove meses e sua relação com idade gestacional

Abstract

RESUMO Objetivo Comparar o nível de concordância estatística entre os Sinais PREAUT e os Indicadores Clínicos de Risco/Referência ao Desenvolvimento Infantil (IRDI) na identificação de risco e analisar a frequência de risco psíquico considerando a variável idade gestacional. Método A amostra total contou com 80 bebês, sendo 55 bebês nascidos a termo e 25 bebês nascidos pré-termo, considerando a idade corrigida. Foram excluídos todos os bebês que apresentaram qualquer espécie de síndrome genética, lesões neurológicas ou déficits sensoriais. O IRDI e os Sinais PREAUT, além de uma entrevista semiestruturada foram utilizados como instrumento de coleta de dados. A análise estatística avaliou o grau de concordância entre os Sinais PREAUT e o IRDI a partir do coeficiente de concordância kappa. Resultados Foi observada uma concordância perfeita na identificação de sujeitos em ambos protocolos aos nove meses, embora essa identificação se dê por sinais fenomênicos distintos. A frequência de risco psíquico em bebês prematuros foi superior (24%) à frequência em bebês nascidos a termo (20%). O risco psíquico foi considerável na amostra estudada aos nove meses (21,25%). Conclusão Houve uma concordância total entre ambos os protocolos na identificação de risco psíquico aos nove meses, cuja frequência foi importante na amostra estudada.

Risco Psíquico E Desenvolvimento Infantil: Importância Da Detecção Precoce Na Puericultura

“…Cabe ressaltar que tanto os sinais PREAUT em sua pontuação intermediária 6 , quanto o IRDI captam um grupo de bebês com risco de tipo não autista e que se aproximam do percentual de…”

“…Observando os dados do acompanhamento dos bebês durante os dois primeiros anos de vida é possível observar que há uma evolução de cerca de 20% de bebês em risco psíquico, dos quais 8,51% apresentaramrisco aos 24 meses pelo M-CHAT, possivelmente para autismo. Cabe ressaltar que tanto os sinais PREAUT em sua pontuação intermediária 6 , quanto o IRDI captam um grupo de bebês com risco de tipo não autista e que se aproximam do percentual de 20% se comparados aos resultados do M-CHAT aos 18 meses, demonstrando que nos primeiros 18 meses há fatores de risco psíquico em frequência importante nas amostras estudadas, já que o percentual se mantém paraas amostras de 80 e 45 bebês.…”

“…As implicações desses resultados para pensar no cuidado em puericultura estão relacionadas à urgência deque uma abordagem do psiquismo e fatores de risco para a emergência de psicopatologias, já anunciadas em outras pesquisas 4,5,6,20 , passe a integrara formação dos profissionais que prestam esse serviço aos usuários do SUS. No entanto, é preciso pensar em como inserir isso no sistema, visto que mesmo tendo sido oferecida esta formação aos profissionais na UBS, eles não conseguiram se engajar na pesquisa, em função de sua rotina demandar o cuidado de emergências de saúde dos bebês.…”

“…Estudos do mesmo grupo apostam na intervenção a tempo de reverter o risco antes que uma psicopatologia se instale, seja por atividades clínicas individuais 6 , ou grupais com os bebês e pais 7 , ou mesmo por meio de intervenções no ambiente escolar 8 . Seja qual for a modalidade, percebe-se a incorporação da ideia que tanto os pais como a família ampliada e a escola de educação infantil, sobretudo o berçário, podem constituir o campo do Outro para o bebê e, por isso, trabalham para a manutenção das funções parentais.…”

O Brincar De Mães E Bebês Com E Sem Histórico De Sofrimento Psíquico

“…O brincar pode refletir características indicativas de uma estruturação psicopatológica, como o autismo, na qual se evidenciam dificuldades na troca entre a mãe ou sua substituta e a criança em razão das dificuldades de intersubjetividade primária infantil (KLINGER; . Ele pode refletir o risco psíquico e associar-se a fatores sociodemográficos e psicossociais, como apontam diversos estudos SOUZA, 2018a;CRESTANI et al, 2013;KRUEL;VENDRUSCOLO;.…”