A contextualização e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem da ciência química

Abstract

A prática de contextualizar no ensino de química, apesar de ser dificilmente encontrada, é uma atividade significativa para a construção da aprendizagem do aluno, pois, quando realizada de forma satisfatória, tem a capacidade de significar seus conhecimentos do contexto à luz da maximização e aquisição do conteúdo científico. Nesse sentido, o presente artigo tem o objetivo de entender de que forma a contextualização é utilizada no ensino de química e como ela pode impactar na postura e no aprendizado dos estudantes à luz da participação em sala de aula, bem como na conexão entre os saberes e os conteúdos científicos. Os dados foram coletados por meio da observação em quatro aulas diferentes no ensino técnico, considerando-se o uso do diário de bordo e a interpretação e a reflexão da escrita neste para a qualificação dos dados. No término, pode-se perceber que a contextualização qualifica o processo de ensinagem, na medida em que o aluno faz parte cooperativa da construção do seu saber científico a partir do seu contexto, além de que esta é uma forma de demonstrar as competências e habilidades do docente, proliferando saberes e reflexões acerca de sua formação inicial e a necessidade de uma formação continuada com vistas a metodologias de ensino que valorizam o saber do aluno.

The Chemistry Teaching and the High School Student: A Case Study in the State Basic Education of Esteio City, Brazil.

“…Em particular, o ensino de Química transformou-se em preocupação premente nos últimos anos, pois, apesar das OCN apontarem um contexto para o trabalho docente, além das dificuldades apresentadas pelos alunos em interpretar e aprender Química, muitos não sabem o motivo pelo qual a estudam, visto que nem sempre esse conhecimento é construído de tal maneira que o mesmo possa entender a sua importância e/ou vincular à sua existência (Saucedo;Bedin, 2018;Finger;Bedin, 2019).…”

“…Esta ação é necessária para que não se constitua entre os sujeitos uma sensação de desconforto em função das dificuldades de aprendizagem existentes neste processo. De modo geral, é preciso que o ensino de química seja desenvolvido de forma contextualizada e interdisciplinar, gerando nos alunos interesse e curiosidade pela ciência, bem como potencialidades em aprender e relacionar o conteúdo estudado ao próprio cotidiano (Finger;Bedin, 2019;Bedin, Del Pino, 2019b, 2019c.…”

“…Assim, pode-se avaliar que a intenção primeira, da maioria dos alunos matriculados na Educação Básica, referente a este grupo de sujeitos, é a busca de uma profissão; a ideia de conseguir um emprego melhor, não necessariamente está vinculada a necessidade de um diploma superior. Portanto, é cogente mencionar a necessidade de o professor desenvolver os conceitos e conteúdos da ciência química de forma contextualizada as vivências do sujeito, instigando-o aprender conceitos práticos relacionados ao seu cotidiano (Finger;Bedin, 2019). Afinal, é imprescindível que o ensino de química de ênfase a realidade do sujeito, instigando-o a pensar quimicamente os fenômenos naturais que ocorrem em seu entorno, uma vez que, para muitos destes alunos, o término do Ensino Médio significa o término da relação com a química teórica.…”

Prática Experimental Sustentável: A Mucilagem Do Cacto Xique-Xique Como Coagulante Para O Tratamento De Água Turva

“…A metodologia da contextualização no ensino das ciências funciona como um mecanismo de mediação entre o conteúdo estudado e os discentes do Ensino Médio. Por meio dela a aprendizagem se torna significativa, uma vez que ela possibilita aos estudantes a habilidade de relacionar as informações compartilhadas em aula com os eventos cotidianos da sociedade, tornando o entendimento dos educandos genuíno (FINGER; BEDIN, 2019).…”

Ciclo De Palestras: Contextualizando a Química Para Os Discentes Do Curso De Licenciatura

“…O ensino de Química é considerado, pela maioria dos discentes, como difícil, e essa dificuldade está relacionada a diversos fatores, entre eles, a forma na qual os conteúdos estão sendo abordados, frequentemente, sem contextualização. Entretanto, a contextualização é uma maneira de qualificar e aprimorar a aprendizagem, de forma que os discentes relacionam os saberes da sociedade com os conteúdos científicos, tornando-se um mecanismo facilitador, pois, quando o estudante consegue associar um determinado conceito teórico com a prática cotidiana, o entendimento se torna real e verdadeiro (FINGER; BEDIN, 2019).…”