Considerando a controversa imagem de Alexandre, o Grande, que recebemos por meio dos textos da Antiguidade, não é de se espantar que sua representação no cinema seja também muito variada e complexa. O mais antigo e menos conhecido dos filmes sobre ele é Sikandar (1941, Índia), de Sohrab Modi, obra interessante não apenas porque a personagem é vista pela perspectiva dos conquistados, mas pela presença muito significativa de Aristóteles e Roxana. Posteriormente, sua história foi levada à tela nos filmes Alexandre o Grande (1956), de Robert Rossen, e Alexandre (2004), de Oliver Stone. Meu objetivo, neste artigo, é o de analisar aspectos desses três filmes, comparativamente, com atenção às imagens de Aristóteles, a fim de compreender como a presença do filósofo é retratada e alinhada à construção da imagem do rei macedônio.