A Escolha de Fundos de Ações e o Investidor Individual

Abstract

Resumo Este artigo propõe um modelo de pontuação para a escolha de fundos de investimento em ações (FIAs) brasileiros de gestão ativa com alfa de Jensen positivo e significativo. Duas medidas de desempenho e oito características dos FIAs foram obtidas entre 2004 e 2014. O conjunto de características é amplo e foi codificado como variáveis binárias. A amostra conta com 1.417 fundos e minimiza o viés de sobrevivência porque inclui FIAs iniciados e encerrados. A pontuação foi estimada por regressão logística binária. Menos de dez por cento dos FIAs apresentaram alfa positivo e significativo. O modelo aponta o desempenho passado como a característica mais importante para selecionar um FIA com alfa significativamente positivo. A gestão independente, o investimento em cotas de outros FIAs e fundos iniciantes ou menos longevos também são importantes nessa seleção. Testes fora da amostra indicam que os FIAs de maior pontuação exibiram alfas significativamente positivos frequentemente e negativos raramente. Os FIAs de maior pontuação superam amiúde carteiras igualmente ponderadas, particularmente quanto ao retorno ajustado ao risco. Há várias indicações de que os gestores profissionais procuram limitar a volatilidade, mesmo que com o sacrifício do retorno. Há implicações relevantes para o investidor individual.

Portfolio turnover and performance of equity investment funds in Brazil

“…Thus, the empirical evidence indicates that larger and younger funds are capable of delivering higher performance measured by the alpha. These results support the studies by Mendonça et al (2017), who argue that more recent funds tend to achieve better performance, and are in line with the empirical evidence of the studies by Castro and Minardi (2009) and Milani and Ceretta (2013), who found positive relationships between fund size and performance.…”

“…As Milani and Ceretta (2013) note, larger funds may benefit from economies of scale, which could explain the positive relationship between size and performance. Finally, it was found that younger funds achieve better performance, as argued by other authors (Ferreira et al, 2013;Mendonça et al, 2017;Silva et al, 2018).…”

“…One explanation for this phenomenon is found in Golec (1996), who noted that a fund's age measures its survival in the market, as well as the loyalty of its investors and its prestige. However, a negative relationship between a fund's age and its performance is indicated in the Brazilian studies by Berggrun, Mongrut, Umaña, and Varga (2014) and Mendonça, Campani, and Leal (2017). With regards to fees, where the main service provided by a fund is portfolio management, those that funds charge the investor should reflect their risk-adjusted performance (Gil-Bazo & Ruiz-Verdú, 2009).…”

Estilo de investimento de fundos de ações e regionalidade: explorando o efeito de notícias sobre empresas envolvidas em corrupção

“…A idade se mostrou significante em duas formas de mensurar o desempenho com sinais opostos, sendo negativo (Berggrun et al,2014;Mendonça et al, 2017;Silva et al, 111 2018) para o Alfa de Jensen e positivo (Milani & Ceretta, 2013;Alda, Andreu, & Sarto, 2017) para o retorno anual, podendo indicar que, em alguns casos, a idade do FIA representa sua sobrevivência no mercado e o prestígio do ponto de vista de seus investidores (Golec, 1996). (Bertin & Prather;2009;Golec, 1996).…”

“…Idade do Fundo (AGE) -Logaritmo natural da idade do Fundo no início de cada ano da amostra. Considerando que estudos anteriores apontam tanto relação positiva (Golec, 1996;Milani & Ceretta, 2013;Alda, Andreu, & Sarto, 2017) quanto negativa para essa variável (Berggrun, Mongrut, Umana, & Varga, 2014;Mendonça, Campani, & Leal, 2017;Silva et al, 2018), o sinal esperado é indefinido.…”