A escrita da frase na alfabetização: o papel da consciência sintática

Abstract

___________________________________________________________________ 1 INTRODUÇÃOSão notáveis os problemas enfrentados na educação que dizem respeito ao ensino da leitura e da escrita. Altos índices de reprovação, baixas notas no IDEB e grande número de alunos que concluem o ensino fundamental sem escrever e ler um texto fluentemente.Há alguns anos, estudiosos da Fonoaudiologia e da Linguística preocupam-se em solucionar questões ligadas à alfabetização, à escrita e à leitura, propriamente ditas. As pesquisas realizadas apontam para os estudos na área da consciência fonológica, assumindo que a metalinguística é fundamental para aprender a escrita e a leitura de uma língua.

Relação entre a consciência sintática e a escrita da frase em estudantes de 1.º e 2.º anos do ensino fundamental

“…Estudos advindos da psicolinguística, fonoaudiologia, neurociência e educação buscam compreender esse contexto e tendem a propulsar mudanças no processo de ensino da escrita nas escolas (MALUF; ZANELLA; PAGNEZ, 2006;PEREIRA, 2013;GUARESI, 2014). Nessa direção, busca-se abordar e estudar o raciocínio reflexivo acerca da linguagem, denominado consciência metalinguística, a qual envolve o comportamento cognitivo consciente intencional que engloba as habilidades metalinguísticas no nível fonológico, morfológico, semântico, sintático, pragmático e textual, de acordo com a competência linguística que o indivíduo detém sua atenção (GOMBERT, 2003).…”

“…A consciência fonológica é uma das habilidades metalinguísticas mais tratadas em âmbito educacional, sendo essencial para a compreensão e manipulação de diferentes níveis linguísticos: fonemas, unidades intra-silábicas e sílabas, fazendo-se facilitadora no processo de alfabetização ((VIEIRA, 2003;ZANELLA;PAGNEZ, 2006). Assim sendo, essa habilidade metalinguística é imprescindível para o aprendizado da leitura e escrita ao nível da palavra, não sendo suficiente ao se tratar do nível da frase PEREIRA, 2013).…”

Contribuições das Ciências Cognitivas para a alfabetização em uma proposta de formação de professores

“…Rigatti-Scherer (2013) apresentou um estudo com três grupos de crianças acerca da consciência sintática. O primeiro submetido ao método METRAMAR (TREVISAN apud RIGATTI-SCHERER, 2013), no qual há um trabalho sistemático com as frases desde a alfabetização inicial, mesmo antes da consolidação dos processos de decodificação e codificação; o segundo grupo participante de um programa de estimulação em consciência sintática denominado PECOS (RIGATTI-SCHERER, 2013) e o terceiro sem nenhuma intervenção ou trabalho específico nesse sentido.…”