A importância da suplementação de creatina na gestação

Abstract

Considerando a importância do metabolismo da creatina na homeostase energética celular e sua habilidade em manter níveis adequados de adenosina trifosfato (ATP), este estudo foca nos benefícios e riscos da suplementação de creatina durante a gestação. A gravidez é caracterizada por um aumento na atividade metabólica e produção de radicais livres pela placenta, sugerindo um potencial benefício da creatina para a saúde materna e fetal. O objetivo é investigar a influência da creatina na saúde gestacional, avaliando aspectos positivos e negativos. Adota-se uma metodologia de revisão narrativa da literatura, analisando sete estudos das bases de dados PUBMED e SCIELO. Os estudos indicam que a creatina não só facilita a produção de energia celular, mas também exibe propriedades antioxidantes e neuroprotetoras, benéficas para o feto e o recém-nascido. Destaca-se a possível redução nas taxas de cesarianas, melhorando a energia e coordenação das contrações uterinas. A suplementação de creatina pode ser uma estratégia eficaz para prevenir danos hipóxico-isquêmicos em órgãos vitais durante a gestação, especialmente no cérebro fetal. Além de gerar ATP, a creatina ajuda a estabilizar o potencial de membrana mitocondrial e modula sistemas receptores, aumentando o limiar para excitotoxicidade cerebral. Conclui-se que a creatina é um suplemento seguro, com implicações significativas para a proteção materna e fetal durante a gestação, minimizando riscos associados ao parto prematuro e ao estresse metabólico.