design gráfico, arquétipo, significação, marcas, publicidade Na competitividade atual as marcas precisam ser estratégicas em relação aos significados intangíveis que almejam transmitir aos consumidores. Para tanto, os arquétipos vêm sendo utilizados como sistema de significação, pois permitem intermediar as emoções humanas e os conceitos das mercadorias. Neste artigo, demonstramos a relevância do design gráfico como artifício produtor de representações arquetípicas. O designer gráfico projeta as informações estéticas e as mensagens contidas nos anúncios publicitários, instrumentos comunicacionais das marcas. É ele quem planeja, configura e organiza de forma eficiente os elementos gráfico-visuais -fotografias, cores, tipografias etc. -, que comunicam os significados afetivo-simbólicos relativos as mercadorias. Para verificarmos nossa hipótese expusemos, em uma pesquisa visual, anúncios publicitários de perfumes femininos para 48 participantes, objetivando compreender os sentidos subjetivos dados aos componentes visuais. Com os dados coletados organizados, analisamos as sensações causadas pelos anúncios para, posteriormente, descrevermos correspondências entre as expressões visuais e os padrões arquetípicos femininos, especificamente, os regidos pelas deusas gregas. Evidenciamos que os produtos de comunicação publicitária, decorrentes do trabalho do designer gráfico, propiciaram impressões de cunho arquetípico, portanto, de significação intangível.