O rápido envelhecimento populacional é a transformação demográfica mais significativa nos países em desenvolvimento. Grande parte dos pacientes internados nos centros hospitalares é de idosos, dispostos a se submeter a tratamento com a condição de retornar, após a alta, a um estado funcional de saúde semelhante ao prévio. Neste contexto, o atendimento às necessidades da população precisa de formação bioética adequada dos recursos humanos na área da saúde, voltada para a geriatria, inclusive no centro de tratamento intensivo (CTI). Mas na decisão da admissão do idoso nesses centros, os aspectos morais acabam sendo, sem justificativa cogente, subsumidos aos aspectos puramente técnicos, o que pode influenciar de maneira discriminatória a decisão, prejudicando, indevidamente, a população idosa. No presente trabalho serão abordados e criticados seis argumentos morais propostos contra a internação hospitalar do paciente geriátrico no CTI, à luz das ferramentas da bioética principialista e da bioética de proteção.