A paridade entre os gêneros na direção do PSOL do Ceará: avanços e limites

Abstract

Este artigo apresenta uma análise da experiência de ação afirmativa adotada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Ceará, no período de 2012 a 2016. O objetivo é investigar os impactos da resolução sobre paridade de gênero para cargos na direção partidária em termos de dinâmica intrapartidária e ampliação das candidaturas das mulheres. Fundamentada em documentos partidários, legislações, dados do Tribunal Superior Eleitoral e entrevistas semiestruturadas, a pesquisa indica que as mudanças promovidas pela paridade não repercutiram na ampliação do número de mulheres postulantes e mesmo na formação de lideranças femininas que representem publicamente o partido no Ceará.

Pela lente do amor: O ativismo voluntário nas campanhas de Guilherme Boulos em 2020 e 2022

“…A frequência com que políticos iniciam discursos com piadas talvez remeta a essas ideias, bem como à compreensão intuitiva de que o humor pode tornar as pessoas mais flexíveis e abertas à mudança mental (Morreall, 2005) pois descrições e perfis jornalísticos iniciais tendiam a caracterizá-lo como "sisudo", preocupado com a intimidade familiar (Dip, 2017), "radical" (Galhardo, 2020), "radical chic" (Azevedo, 2014a), "comunista invasor de propriedades" (Moreira, 2020) ou "extremista" (Arias, 2018) (Falchetti, 2022). Isso não impediu, porém, que Boulos tenha demonstrado solidariedade, na época de sua pré-candidatura, ao então ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, o que teria causado constrangimentos no PSOL (Lopes, 2020a;Victor, 2018).…”