A potencialidade do teatro do oprimido na formação de professores de Química

Abstract

Neste trabalho, apresentamos a potencialidade do Teatro do Oprimido de Augusto Boal para promover a reflexão em um curso de Licenciatura em Química ao teatralizarmos o machismo em um contexto de aula fictícia. Boal construiu uma proposta de teatro que usa a expressão cênica para denunciar os problemas da sociedade. A partir disso, simulamos algumas opressões pelas quais poderiam passar estudantes de um curso Química envolvendo o machismo. Ressaltamos opressões sobre um modo de fazer ciência, de ser cientista, o machismo expresso no discurso e a propagação dessas tradições de ser professor(a) de Química. A experiência com o Teatro do Oprimido possibilitou agir teatralmente em direção ao posicionamento político dos estudantes, a busca por instâncias institucionais democráticas em seus cursos e a reflexão em torno da formação continuada de professores da Educação Superior. Com isto, consideramos necessária uma formação de professores de Química comprometida com uma formação política, estética e ética que leve em conta as subjetividades e contextos no processo educativo.

Formação de professores de Química em 26 anos de publicações na revista Química Nova na Escola

“…Além disso, essa formação precisa trabalhar os estudos teóricos em conjunto com as atividades práticas e desenvolver pesquisas (Silva & Bastos, 2012). Dessa forma, a formação de professores pode oferecer aos futuros docentes conhecimentos específicos da Ciência e também contribuir para uma formação política, estética e ética no processo de ensino e aprendizagem (Santos, Sousa & Derossi, 2020).…”