Introdução – Esse estudo aborda dados preliminares dos efeitos da pandemia da covid-19 nas empresas privadas de grande porte de assistência de saúde. Para efeitos dessa pesquisa, foram consideradas as 5 maiores operadoras médico-hospitalares do brasil.
Objetivo – Apresentar os resultados preliminares dos movimentos estratégicos das 5 maiores operadoras médico-hospitalares durante o período de pandemia da Covid19.
Metodologia – O trabalho utilizou informações oriundas de fontes secundárias, com análise de conteúdos de publicações e da base de dados históricos da ANS, bem como dados apresentados no site das próprias empresas (internet e intranet, para análise descritiva dos impactos preliminares da COVID-19 nas operadoras selecionadas para o estudo.
Resultados - Foi possível observar um discreto aumento no número de beneficiários das operadoras, e uma redução relevante na sinistralidade em 2020, em praticamente todas as empresas do setor. Diferentemente de outros anos, em que o crescimento de beneficiários era reflexo do aquecimento econômico nos setores produtivos no país, o movimento observado durante a pandemia está relacionado com o medo da população em não ter acesso aos recursos de saúde necessários caso afetada diretamente pela covid. A queda na sinistralidade tem relação com a redução no número de atendimentos médicos e de internações com procedimentos agendados, e impactaram na redução dos custos assistenciais.
Conclusões - Os efeitos da pandemia ainda são de curtíssimo prazo, e não é possível afirmar que os resultados econômico-financeiros obtidos em 2020 serão mantidos, e nem que as empresas analisadas não serão mais afetadas pela crise num futuro próximo, porém os resultados indicam que pontualmente a pandemia trouxe novos beneficiários e redução nos custos das operadoras analisadas.