A recuperação intraoperatória de células sanguíneas é eficaz em cirurgias de quadril?

Abstract

Resumo Objetivo O estudo visa avaliar a eficácia da recuperação intraoperatória de sangue (RIOS) na redução de hemotransfusão alogênica em pacientes submetidos à cirurgia por fratura de fêmur e quadril. Métodos Coorte prospectiva com 38 pacientes submetidos a cirurgia traumatológica para fraturas em quadril e transtrocantéricas de fêmur, divididos em dois grupos em um hospital de ensino de agosto de 2015 a fevereiro de 2017. Pacientes com qualquer enfermidade ou condição infecciosa foram excluídos do presente estudo. O grupo RIOS (19 pacientes) recebeu sangue autólogo com a utilização de Cell Saver, enquanto o grupo controle (19 pacientes) recebeu apenas sangue alogênico, quando necessário.. Grupos comparados em relação ao gênero, idade na cirurgia, escala da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA) (I, II ou III), uso intraoperatório da RIOS, volume sanguíneo reinfundido pela RIOS, parâmetros hematimétricos pré- e pós-operatórios, volume intra e pós-operatório de sangue alogênico transfundido. Dados processados no software SPSS Statistics for Windows, Versão 20.0 (IBM Corp, Armonk, NY, EUA). Resultados Sem diferenças significativas entre os grupos com as variáveis: idade, gênero e ASA. Percebeu-se que os valores finais de hemoglobina e hematócrito (no 1° dia de pós-operatório) foram mais elevados no grupo que utilizou o dispositivo (p < 0,05). Não houve redução significativa da transfusão alogênica intra e pós-operatória no grupo RIOS em comparação ao controle. Conclusões O presente estudo constatou que a RIOS não foi eficaz em reduzir a transfusão alogênica no intra e pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia de fêmur transtrocantérica e de quadril.

Transfusão sanguínea autóloga: revisão sistemática

“…Ma et al, 2016 (13) Nunes et al, 2019 (14) Tipo (16,17) Quanto à análise comparativa entre transfusão heteróloga e autóloga, de acordo com o estudo de Ma et al, a transfusão autóloga deve ser a de escolha em situações onde o sangramento é agudo e maciço a ponto de impossibilitar a espera de preparo de sangue armazenado, e naquelas onde não há sangue compatível com o paciente, sendo nesses casos fator chave para o sucesso do resgate. Defende a ausência de reações transfusionais em seus 19 pacientes submetidos a transfusões autólogas, demonstrando sua segurança e eficácia, além de evitar o desperdício do sangue perdido durante o ato cirúrgico e garantir uma melhor oxigenação em comparação a transfusão heteróloga.…”

“…Somado a isso, aponta características negativas acerca do sangue homólogo como sua baixa temperatura e pH, altos níveis de potássio e baixas taxas de ácido 2,3difosfoglicerico (2,3-DPG), o que resulta em um transporte reduzido e inadequado de oxigênio por ao menos 24 horas, além de relacionar-se a possíveis efeitos adversos imunológicos e não imunológicos. (16)…”

“…DISCUSSÃONa literatura, há diversos trabalhos experimentais envolvendo transfusão autóloga em animais, porém seus resultados não foram destacados e a aplicação não deve ser considerada diretamente ao ser humano. Ademais, são desenvolvidos muitos trabalhos envolvendo autotransfusão pré, intra e pós operatória em cenários não traumáticos, além de situações envolvendo circulação extracorpórea, cadáveres ou crianças.O estudo de coorte retrospectivo de Ma et al (2016) defende a indicação de autotransfusão em pacientes em estado crítico de sangramento agudo maciço induzido por trauma torácico e associado a choque hemorrágico, que necessitam de transfusão de sangue emergente, em situações onde a espera da preparação sanguínea não é possível e onde falta sangue compatível (16). O estudo de Nunes et al (2019) a autotransfusão seria indicada em casos de antecipação de perda acima de 1 litro de sangue, fatores de risco para sangramento ou caso seja prevista a necessidade de transfusão por mais de 10% dos pacientes presentes (16).…”

“…Ademais, são desenvolvidos muitos trabalhos envolvendo autotransfusão pré, intra e pós operatória em cenários não traumáticos, além de situações envolvendo circulação extracorpórea, cadáveres ou crianças.O estudo de coorte retrospectivo de Ma et al (2016) defende a indicação de autotransfusão em pacientes em estado crítico de sangramento agudo maciço induzido por trauma torácico e associado a choque hemorrágico, que necessitam de transfusão de sangue emergente, em situações onde a espera da preparação sanguínea não é possível e onde falta sangue compatível (16). O estudo de Nunes et al (2019) a autotransfusão seria indicada em casos de antecipação de perda acima de 1 litro de sangue, fatores de risco para sangramento ou caso seja prevista a necessidade de transfusão por mais de 10% dos pacientes presentes (16). Quanto às vantagens da Transfusão autóloga, o estudo de Ma et al (2016) demonstrou que a transfusão sanguínea autóloga intraoperatória pode agregar em tempo para o tratamento do paciente, obtendo altas taxas de sucesso, sendo capaz de evitar 60 a 70% das transfusões alogênicas.…”

“…O estudo de Ma et al (2016) alerta para a necessidade de averiguação do local de procedência do sangue e do tempo que se encontra fora dos vasos sanguíneos, umas vez que caso seja superior a 6 horas ou suspeito de contaminação e/ou presença de células cancerígenas não deverá ser transfundido novamente. O estudo de Nunes et al (2019) relata que o procedimento é complexo e necessita de equipe qualificada, a qual nem sempre está disponível (16,17).…”