A relação entre raízes, gênero, classe e significado

Abstract

O presente trabalho analisa, à luz do quadro da Morfologia Distribuída, o comportamento das vogais temáticas verbais e das vogais temáticas nominais do português brasileiro e sua relação com as raízes a que se anexam. Perseguimos uma análise que busca unificar o comportamento desses dois tipos temáticos, mostrando que o que obscurece tal unificação é a interação das vogais nominais com o valor de gênero. Uma vez que se abstraem os efeitos causados pela manipulação de gênero, vemos que as vogais temáticas verbais e nominais mantêm um mesmo grau de relação com as raízes e que ambas são computadas da mesma forma. Neste artigo, nós mostramos que é possível também a unificação daquilo que se chama de “gênero semântico” (interpretável) e “gênero gramatical” (não interpretável).

Nomes próprios não são primitivos da sintaxe: uma proposta de como dar nome(s) às estruturas

“…Dessa forma, seguindo Saab & Lo Guercio (2019) e Resende & Santana (2019), esta análise assume que n o deve albergar a informação de gênero. Evidência adicional para essa análise é oferecida por Santana (2019), que observa uma certa sistematicidade quanto à ocorrência da vogal temática que aparece com os antropônimos, a saber, -a e -e para nomes femininos (Adriane, Jane, Mariane, Denise, Rafaele etc.) e -o e Ø para nomes masculinos (Adrian, Jean, Dênis, Rafael, Anderson etc.…”