Agentes Comunitários de Saúde e o cuidado de quem cuida

Abstract

No biênio 2011-2012, desenvolvemos a oficina “Cuidado de si e do outro no trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS)”, destinada à formação e intervenção na rotina laboral dos ACS. Professores e alunos do curso de Medicina de uma universidade pública em Minas Gerais discutiram, no âmbito da oficina, de que modo a criação de espaços de fala demonstrou que o acolhimento para com aquele que cuida é essencial na prática dos ACS. A perspectiva socioanalítica adotada orientou a observação direta das atividades feitas por ACS mulheres, as reuniões de equipe voltadas para uma reflexão teórico-metodológica e a realização da oficina conforme eixos temáticos: Cuidado de Si, Trabalho em Equipe e Conteúdos Técnicos. A partir disso, tecemos cartografias do território geográfico, político e social, conhecemos as trajetórias de vida das ACS e identificamos que a vinculação entre trabalho e subjetividade permitiu a elas, aos alunos e aos professores o exercício da escuta de si e do outro e a vivência do cuidado como trabalho. Concluímos que a oficina se tornou espaço de formação política e gerou modificações no cotidiano das ACS envolvidas.

Analysis of the sociodemographic, work profile and occupational risks of community health agents / Análise do perfil sociodemográfico, laboral e dos riscos ocupacionais de agentes comunitários de saúde

“…On the other hand, for the same reason, many of them usually have their privacy invaded and may be constantly embarrassed by users, who insist on approaching them in public places and at any time of the day to talk about health care issues. [12][13] Moreover, the permanence of professionals working full time in BHU is considered a risk for disease, since they are exposed to the community's problems all day long. 14 In the Paraíba municipality in question, the Municipal Health Secretariat (SMS) reached an agreement with the Union of Community Health Workers of Paraíba (SINDASC-PB), determining, since August 1, 2018, a new workload for all CHAs, with the entrance hours at 07:00 and departure at 13:00.…”

“…Hierarchically, in front of their teammates, they are usually seen as subordinates. 13,22 In some moments during data collection, it was observed the dissatisfaction of CHAs with the BHU manager, a fact that occurred in more than one facility visited. There were several reports about the lack of assistance to CHAs in the units, as well as the lack of professional empathy from managers and the lack of listening to solve professional problems.…”

“…Most of them live in their own community, and therefore have a potential demand that goes beyond the scope of their work, often overloading them, even outside working hours. [1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13] The work of the CHAs in the FHS is based on the constant improvement of Continuing Education in Health (EPS), which is strengthened by the physical and mental confrontation faced by the professionals due to the realities to which they are exposed in their daily work and micro area. Their role requires posture and ethics, inside or outside the FHS, so that their work can be reliable and committed to social welfare, because the population that depends on the FHS sees the CHA as a link between the community and the Basic Health Unit (BHU), thus making it possible to strengthen the care bond.…”

Análise do perfil lipídico, glicêmico e alimentar dos agentes comunitários de saúde após uma intervenção de promoção ao autocuidado

“…Cient. enero-julio 2024 João Guilherme Bentes de Araújo Rodrigues e Maria Rosilene Cândido Moreira a estudar as práticas do cuidado de si desses trabalhadores, encontrando-se apenas um relato de experiência envolvendo o cuidado de si dos ACS (Santos & Mendonça, 2020).…”