Agentes comunitários de saúde: sentidos acerca do trabalho em HIV/AIDS

Abstract

Este estudo pretende ampliar discussões sobre o trabalho dos agentes comunitários de saúde, na atenção primária, em relação ao HIV/AIDS. Para tal, o objetivo foi dar visibilidade para os sentidos construídos sobre HIV/AIDS em um grupo com agentes comunitários de saúde. Foi realizada uma entrevista com um grupo de quatro agentes, sendo a mesma gravada, transcrita e analisada na perspectiva do construcionismo social. A análise das narrativas informa como os diferentes sentidos atribuídos ao longo da história da epidemia se fazem presentes nas concepções e no trabalho com HIV/AIDS, a saber: o preconceito ancorado pelo discurso científico; as relações de gênero implicadas no trabalho; os valores contemporâneos atrelados à perfeição e juventude. Destaca-se que tais sentidos construídos conjuntamente na interação grupal, interpretam e constituem o fazer saúde. Assim, conclui-se que a criação de espaços para a troca dialógica entre os profissionais possibilita problematizar sentidos aparentemente cristalizados no que se refere a temática do HIV/AIDS.

O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na política de HIV/AIDS

“…No Brasil, em função da alta incidência de HIV/Aids, o MS implementou em 2012 o teste rápido em toda a rede básica de saúde (Rocha, Ew, Moro, Zanardo & Pizzinato, 2018 (Silva & Cardoso, 2008;Seoane & Fortes, 2009;Ew, Ferreira, Moro & Rocha, 2018).…”

Saúde mental na estratégia saúde da família: uma compreensão a partir da fenomenologia de Edith Stein

“…Reafirma os princípios e diretrizes do SUS e define como central o conjunto de ações de caráter individual e coletivo, que engloba a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde da comunidade, por meio de ações realizadas por uma equipe mínimamédico generalista, agente comunitário de saúde, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, cirurgião dentista e auxiliar de consultório odontológico. A edificação de uma equipe multiprofissional pretende que os profissionais envolvidos tenham a corresponsabilidade social de enfrentar os desafios de uma nova produção de saúde, com base nas famílias e seus espaços de "vida", da representação dos espaços para forças vitais como sonhos, desejos, prazer, conflitos e lutas (SILVA;CARDOSO, 2008, SOUZA 2003. Em 2008, (BRASIL, 2008 diante das necessidades encontradas pelos profissionais de base, consolidaram-se os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), também resultado de experiências locais, visando apoiar a inserção da ESF, garantindo a continuidade e integralidade da atenção.…”