Análise da importância da qualificação dos profissionais de saúde para o manejo do Transtorno de Espectro Autista (TEA)

Abstract

Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar a integralidade e a importância da qualificação dos profissionais da saúde, identificando a situação atual da capacitação profissional para o cuidado de pacientes com TEA no Brasil, bem como os problemas enfrentados nesse processo. Metodologia: Esta pesquisa consiste na investigação por meio de questionários quantificados e interpretados estatisticamente através do software Microsoft Excel, que buscou embasamento no Projeto de Pesquisa Muito Além do Autismo. Resultados e discussão: Os resultados mostram que 59% dos entrevistados, durante sua formação profissional, tiveram algum contato com o tema do autismo. Ademais, no questionário a respeito da profundidade das informações abordadas sobre o tema durante a graduação, 27% responderam que o tema foi citado de forma superficial, isso mostra que há a necessidade de exploração maior sobre o autismo nas instituições de ensino. Conclusão: Na qualificação dos profissionais de saúde, atualmente, esse tema é abordado de maneira superficial nas graduações, dificultando o diagnóstico e intervenção precoce do transtorno.

Autistic Spectrum Disorder: Clinical Manifestations, Early Diagnosis and the Performance of the Pediatrician Doctor

“…The challenges that make clinical early interventions with ASD difficult or impossible point to interdisciplinary work, with speech therapists, psychologists, psychopedagogues, neuropediatricians, among others (RABELO; SMEHA, 2018). Therefore, these professionals will contribute not only to the treatment of the condition, but also to the identification of the child's medical, cognitive and adaptive profile (CAMPOS et al, 2021).…”

Consultório De Rua Como Prática De Educação Em Saúde

“…Aprofundando-se nessa problemática, com o intuito de analisar o conhecimento dos profissionais da saúde acerca do TEA, verificou-se que em 2021 foi publicado um estudo onde se obteve a estimativa de que dois quintos desses não tiveram proximidade com a temática durante o processo de formação, fato que permite traçar um continuum entre propedêutica defasada, diagnóstico fugaz e abordagem ineficiente (CAMPOS et al, 2021).…”

“…No âmbito dessa questão, visto que a problemática se desenvolve em torno da superficialidade com que o TEA é abordado durante a formação dos profissionais da saúde, é crucial que as instituições de ensino e serviço em saúde abordam tanto o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista, como também as terapias vigentes, as políticas públicas, a dimensão familiar envolvida e as dificuldades de inclusão social desses indivíduos e de suas famílias (CAM-POS et al, 2021). Ainda, os meios de comunicação, como as mídias sociais, por exemplo, devem ser mais explorados por profissionais e estabelecimentos prestadores de serviços de saúde e de educação com fim de divulgação, visto que, além de servirem de fonte de aprendizagem para muitos alunos, auxiliam na democratização da informação, levando à população conhecimento sobre assuntos relevantes -como o TEA -e ajudando nos processos de compreensão da sociedade sobre a temática e de inclusão das pessoas que vivem com o transtorno (CAMPOS et al, 2021).…”

Percepções dos profissionais da saúde sobre o diagnóstico precoce e habilidades comunicacionais e relacionais no cuidado da criança com Transtorno do Espectro Autista

“…Estudos apontam que a variedade de expressões dos sintomas, limitações da avaliação dos profissionais que trabalham com idade pré-escolar, falta de profissionais treinados e a escassez de serviços especializados podem influenciar no atraso do diagnóstico da criança com TEA (Campos et al, 2021). Sabe-se, porém, que o diagnóstico é essencialmente clínico, fundamentado nos critérios diagnósticos do DSM-V 2013, com testes neuropsicológicos e escalas de avaliação de linguagem e comportamento.…”