Arqueologia e Educação: uma proposta para o Engenho São Jorge dos Erasmos (Santos, SP)

A mediação comunitária colaborativa: novas perspectivas para educação em museus

“…Nessa direção Bourdieu, em seus diferentes trabalhos (1983;1989), trouxe chaves analíticas para se compreender as relações de poder em torno do campo científico. Segundo o autor, não existe neutralidade na produção do conhecimento, mas uma dinâmica repleta de conflitos, interesses políticos, disputas e manutenção dos lugares de privilégio.…”

“…Ao optarmos por essa perspectiva de mediação comunitária do trabalho educativo em museus, a questão do processo de aprendizagem mútuo e a construção do conhecimento assumem outras implicações e contradições que discutiremos a seguir. Pré-História, desde 1978(BRUNO, 1984, e ao antigo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, desde 1981(HIRATA, 19851989), que forneceram as bases para o trabalho atual a partir da fusão de ambos em 1989 3 . Ao longo dessa história o setor educativo dessa instituição teve um papel de destaque, evidenciado pelos processos de concepção de exposições, que desde o início integrou educadores e diferentes profissionais.…”

Explorando a Arqueologia: um projeto educativo no Engenho São Jorge dos Erasmos

“…Os artefatos, a paisagem, os homens, e especialmente as relações entre eles, foram pouco a pouco se constituindo em eixos articuladores de temáticas e conteúdos de diferentes disciplinas. O Engenho foi apenas o ponto de partida (Hirata et al 2001).…”

Tubarões e raias na Pré-História do Litoral de São Paulo

“…De acordo com Hirata et al (1989) "O artefato revela um potencial, enquanto fonte, que não se limita a um mero suporte material de informações. Ultrapassando o patamar interpretativo limitado pelo fornecimento dos dados intrínsecos à sua própria natureza, os artefatos habitam e compõem um universo sígnico, constituindo uma linguagem simbólica extra-corpórea construída pelos homens através do processo de trabalho.…”