Arritmias: Classificação e manejo em crianças / Arrhythmias: Classification and management in children

Abstract

Os distúrbios do ritmo cardíaco geralmente ocorrem por alterações no sistema de condução elétrico cardíaco, acometimento por cardiopatias congênitas ou lesões cirúrgicas do sistema condutor. Tais eventos variam de bradiarritmias a taquiarritmias e podem gerar comprometimentos importantes ao paciente pediátrico. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa sobre a classificação e o manejo de arritmias nas crianças. Em janeiro de 2021, foram selecionados 13 artigos dos seguintes bancos de dados: PubMed, Scielo e Google Scholar. Os descritores utilizados foram: arritmia cardíaca, crianças, tratamento e diagnóstico. RESULTADO: Os artigos selecionados foram listados de acordo com ano de publicação e metodologia. DISCUSSÃO: O primeiro passo para o controle da arritmia é fazer o diagnóstico. Uma vez este obtido, a abordagem dependerá de muitos fatores, incluindo a probabilidade de recorrência, o efeito hemodinâmico e o impacto da arritmia na criança.A avaliação e estratificação não invasiva deve ser dividida entre aqueles pacientes sem cardiopatia e com cardiopatia congênita e as condutas precisam estar pautadas nessas condições. CONCLUSÃO: Medicamentos como amiodarona, digoxina, bloqueadores de canais de cálcio bem como manobras vagais e cardioversão elétrica devem ser utilizados depois do reconhecimento do tipo de arritmia para a diminuição da morbimortalidade infantil por esse distúrbio.

Síndrome de Brugada: aspectos fisiopatológicos e práticas atuais no diagnóstico clínico e tratamento

“…Esse gene codifica a unidade alfa dos canais de sódio cardíaco, causando um decréscimo do influxo de sódio para o interior das células excitáveis cardíacas durante a despolarização (fase 0) que diminui o PA normal dos miócitos. 16,9,33 Essa mutação também está relacionada com outras doenças cardíacas que apresentam problemas de condução, como bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo esquerdo e bloqueio fascicular anterior esquerdo. 17 As outras mutações genéticas relacionadas com a síndrome representam casos raros e isolados.…”

“…Está associada a 10-15% dos casos de Síndrome de Brugada e da Síndrome do QT curto. 17,33 Há também mutações nos genes KCNE3 e KCNE5 responsáveis pela subunidade beta que regula os canais de potássio, causando aumento nas correntes transitórias de saída do íon.…”

“…Assim, pacientes diagnosticados com Síndrome de Brugada devem ser avisados sobre o risco do uso de determinados medicamentos, devendo ser utilizados apenas em situações de controle e suporte de vida. 16,33 Dentre essas substâncias que deverão ser evitadas estão a bupivacaína, cocaína, metoxamina, betabloqueadores, propafenona, ativadores do canal de potássio (pinacidil), antidepressivo tricíclico, propofol, opióide, lítio, flecainida, ajmaline, amiodarona. 15,17 Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 5, p. 25666-25680, sep./oct., 2023…”

Arrhythmias and their pathophysiological correlations with SARS-COV 2 infection

“…De todos os comprometimentos no coração causados pela infecção pelo SARS-CoV 2, uma tem ganhado especial destaque, tendo em vista o fato de estar presente em cerca de 16% dos quadros: as arritmias 4 . As arritmias cardíacas podem ser estabelecidas como uma modificação do ritmo sinusal, o qual é definido como o ritmo cardíaco fisiológico que se origina no átrio direito e segue pelo sistema de condução 5,6 . Diante da sua prevalência relativamente alta, o estudo das arritmias cardíacas no contexto da infecção pela COVID-19 se faz de caráter essencial, uma vez que a ocorrência desta complicação implica em aumento de taxas de morbimortalidade 7 .…”