Resumo
Objetivo Avaliar os resultados funcionais dos pacientes submetidos a artroplastia reversa de ombro, para tratamento da artropatia do manguito refratária a tratamento conservador.
Métodos Estudo retrospectivo de 20 pacientes (21 ombros), 17 mulheres (81%) e 3 homens (19%), submetidos a artroplastia reversa de ombro no período de outubro de 2012 a setembro de 2017, para tratamento de artropatia de manguito rotador, operados por um único cirurgião em um único centro. Os pacientes foram avaliados pelo escore de disfunções do braço, ombro e mão (DASH, na sigla em inglês), pelo questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (SF-36), pela escala visual analógica de dor (EVA) e pelo escore da Universidade de Los Angeles – Califórnia (UCLA, na sigla em inglês). A média de idade na cirurgia foi de 66 anos (variação de 55 a 83 anos). O tempo de sintomas antes da realização da cirurgia foi de ∼ 2,5 anos (variação de 12 meses a 6 anos). O seguimento médio foi de 42,4 meses (variação de 19 a 56,7 meses).
Resultados A média dos escores pós-operatórios foi de 18,2 pontos no DASH; de 2 pontos na EVA, sendo 16 (77%) de dores leves, 4 (18%) de dores moderadas e 1 (5%) de dor intensa; de 29 pontos no UCLA, sendo 6 pacientes com resultado regular (28%), 10 pacientes com resultado bom (48%), e 5 pacientes com resultado excelente (24%); e de 63 pontos no SF-36. Tivemos como complicações quatro casos de notching, um caso de fratura de acrômio por estresse, e um caso de infecção pós-operatória.
Conclusões A artroplastia reversa do ombro apresenta bons resultados funcionais nos escores avaliados, propiciando melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.