Resumo A regurgitação tricúspide severa é citada como fator associado ao desenvolvimento ou à recidiva de varizes em membros inferiores as quais podem, retrogradamente, apresentar um fluxo pulsátil. O diagnóstico etiológico diferencial desse achado ultrassonográfico deve ser feito com a pesquisa de fístulas arteriovenosas, tendo em vista as diferentes formas de tratamento. Dada a complexidade do estado geral dos pacientes com regurgitação tricúspide, a escolha do tratamento das varizes pulsáteis deve ser individualizada, fruto de uma avaliação multidisciplinar. Fazem parte do arsenal terapêutico todas as técnicas habitualmente empregadas no tratamento de varizes, bem como a associações entre elas a serem escolhidas levando-se em conta a gravidade das manifestações clínicas e o risco cardiovascular envolvido. Relatamos um caso de varizes pulsáteis secundárias a regurgitação tricúspide, diagnosticado durante a suspeita primária de aneurisma de artéria femoral em paciente de 73 anos, com a classificação clínica da doença venosa (CEAP) 4a, oligossintomática, tratada com medidas posturais e elastocompressão.