Branquitude e Educação: Um Estudo com Professoras de Escolas Públicas

Abstract

O artigo está baseado em uma pesquisa, concluída em 2018, que estudou a identidade racial branca tal como é percebida por professoras atuantes em escolas do município do Rio de Janeiro, selecionadas por amostra de conveniência. O objetivo foi investigar como essas educadoras, autodeclaradas brancas, percebem sua própria branquitude em relação a seu público na escola - em sua maioria alunos negros, e o impacto dessa diferença racial em sua prática profissional. O trabalho considera o racismo estrutural no Brasil e consiste em um diálogo entre referenciais teóricos dos Estudos Críticos da Branquitude, da Psicologia Social Crítica e da Educação Libertadora, usando como técnica entrevistas individuais, devidamente analisadas pelo método da Análise de Conteúdo. Percebeu-se tanto a necessidade de que os educadores brancos se vejam como racializados, quanto a relevância de um aprofundamento das discussões sobre relações raciais na escola. Evidenciou-se, também, a importância de ações coletivas e políticas públicas adequadas para lidar com as reverberações provocadas pela desigualdade racial no âmbito escolar.

An Integral Approach to Well-Being in Transnational Families: A Brief Proposal for Best Practices

“…These personal dynamics must, therefore, be considered in a multi-systemic context (Rodrigues 2013), and all stages should be considered as transversal, from childhood to adulthood and throughout the aging process, with different roles and (re)formulations of the family structure (Martins and Szymanski 2004). This is why the whole family has to be understood not only in light of the diversity of its composition but also through the lens of the multiple valences that intervene in a diverse set of expectations, norms and behaviors (e.g., in a family we can have parental, conjugal and fraternal figures in interaction), being transformative agents of a collective trajectory with different powers, pressures and challenges (Martins and Szymanski 2004).…”

O Processo De Socialização De Jovens a Partir Das Interações Nas Redes Sociais No Período Da Pandemia Da Covid-19

“…O processo, conforme expõe Senna (2011), é a interação entre as pessoas de forma sistemática que se dá ao longo do tempo. Martins e Szymanski (2004) apontam que o processo tem a ver com as ligações entre os diferentes níveis e se encontra constituído pelos papéis e atividades rotineiras da pessoa em desenvolvimento. Os autores reforçam que para que o sujeito se desenvolva intelectual, emocional, social e moralmente, independente da faixa etária, requer participação ativa, interação progressivamente mais complexa, reciprocidade nas relações pessoais com objetos, símbolos e com o ambiente.…”

“…A forma, intensidade e conteúdo dos processos proximais variam em seu efeito sobre o desenvolvimento, a partir das características biopsicológicas da pessoa, do ambiente, das mudanças e continuidades sociais ao longo do tempo e do período histórico. Martins e Szymanski (2004) reforçam que os padrões de interação, conforme persistem e progridem, se moldam como potencialidades da mudança comportamental e de desenvolvimento pessoal.…”

“…As díades podem assumir três formas funcionais diferentes, sendo elas: observacional que ocorre quando uma pessoa está prestando cuidadosa atenção na atividade do outro que reconhece o interesse por aquilo que está fazendo; díade de atividade conjunta trata-se da situação em que duas pessoas se reconhecem fazendo algo em conjunto e díade primária que representa aquela que, mesmo quando o par não está próximo ainda continua existindo fenomenologicamente. Martins e Szymanski (2004), descrevem que nessas relações existe o fator de reciprocidade, ou seja, o que um faz influencia no outro e vice-e-versa. Essas interações interpessoais são descritas pelos autores como fatores que favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento.…”

“…Pode-se defender que Bronfenbrenner (1996) amplia a importância dos processos psicológicos tradicionais como a percepção, motivação, pensamento ou aprendizagem, enfatizando o conteúdo desses processos e a forma como são percebidos pelo sujeito em questão. Sua teoria enfatiza a relevância para como a natureza desses processos pode ser mudada através da interação desse sujeito em desenvolvimento com seu ambiente (Martins & Szymanski, 2004). A Teoria Bioecológica defende o desenvolvimento como processo que se refere à estabilidade e mudança nas características biopsicológicas dos seres humanos durante o ciclo vital e através das gerações.…”