Carga de trabalho de enfermagem relacionada ao índice de massa corporal de pacientes críticos

Abstract

Objective: To measure and compare the nursing workload and the frequency of the items scored in the Nursing Activities Score (NAS) considering the different groups of BMI of patients hospitalized in Intensive Care Units (ICU). Methods: Longitudinal study conducted in the ICU of a university hospital in São Paulo in which the BMI of patients was calculated by dividing the weight by the square of the height and the nursing workload was measured through the NAS. Results: Analysis of 529 patients showed that the NAS did not differ between the groups according to the BMI. Obese patients demanded more time for hygiene procedures and more people to support the mobilization/ positioning process. Underweight patients received treatment for improving lung function with a higher frequency. Conclusion:The results showed no difference in the nursing workload when the BMI of the patient was considered. ResumoObjetivo: Mensurar e comparar a carga de trabalho de enfermagem e a frequência dos itens pontuados no Nursing Activities Score (NAS), considerando os diferentes grupos de IMC de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Métodos: Estudo longitudinal realizado na UTI de hospital universitário em São Paulo, na qual o IMC do paciente foi calculado dividindo-se o peso pelo quadrado da altura e a carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo NAS. Resultados: A análise de 529 pacientes mostrou que o NAS não diferiu entre os grupos conforme o IMC. Os pacientes obesos demandaram mais tempo para o procedimento de higienização e maior número de pessoas para mobilização/posicionamento. Pacientes de baixo peso receberam mais frequentemente tratamento para melhora da função pulmonar. Conclusão: Os resultados não apontaram diferença na carga de trabalho de enfermagem quando se considerou o IMC do paciente.

Atuação do enfermeiro no cuidado a prevenção e tratamento de lesões por pressão

“…Quanto ao cuidado dispensado ao paciente obeso, estudo aponta que gera sobrecarga especialmente nos cuidados de higiene, mudança de decúbito, pois precisaram ser realizados com três ou mais profissionais. Contudo, os pacientes obesos não geram necessariamente um aumento na carga de trabalho em relação à horas de trabalho, mas sim implica em maior quantitativo de profissionais, devido à dificuldade de mobilização no leito, demandando Sendo assim, o número reduzido de profissionais de enfermagem pode favorecer um aumento de eventos adversos (Goulart, et al, 2017), como LPP.…”

The relationship between patient obesity and nursing workload: An integrative review

“…Conversely, one Brazilian study compared ICU nursing workload across patient's BMI categories, and found that although nursing workload was not different for patients with and without obesity (p = .219), patients with severe obesity (BMI ≥40) required a significantly higher nursing workload compared to patients with less severe obesity (BMI 30-34.9 and 35-39.9) (p = .004) (Carrara et al, 2016). Further analysis found that for patients with obesity, nursing workload was significantly increased in delivering patient hygiene for more than 2 hours per shift (p =.037); and mobilisation and repositioning requiring three or more nursing staff (p = .007) (Goulart et al, 2017). However, the authors advice against extrapolation of their findings, as the numbers analysed was low (6 patients with obesity, compared to 2 patients without obesity) and insufficiently powered to affirm increased nursing workload for patient mobilisation.…”

“…Longer nursing time may be required for comprehensive physical assessment, nursing diagnoses and interventions. Examples of difficulties encountered with care of patients with obesity include repositioning of patients, for example, for physical assessment, wound care and pressure injury prevention (Drake et al, 2005;Goulart et al, 2017;Kam & Taylor, 2010;Lumley et al, 2015;Robstad et al, 2018;Shea & Gagnon, 2015;Tanaka & De Cássia Giani Peniche, 2009); increased time and nursing skill needed in managing impediments, such as excess adiposity, to physical examination (Drake et al, 2005;Singh et al, 2007), intravenous cannulation and venepuncture (Brannam et al, 2004;Kam & Taylor, 2010;Ngui et al, 2013;Sebbane et al, 2013;Shea & Gagnon, 2015;Singh et al, 2007;Winkelman & Maloney, 2005), and medication adjustment (Kam & Taylor, 2010;Shea & Gagnon, 2015); and increased time or attention to provide hygiene care, with regard to manual handling, cleaning of skin folds and extremities, and patient redressing (Bradway et al, 2010;Davidson & Callery, 2001;Drake et al, 2005;Goulart et al, 2017;Holland et al, 2001;Kam & Taylor, 2010;Winkelman & Maloney, 2005).…”

“…Both describe a daily schedule of interventions in order to ensure adequate staffing to provide proper hygiene care, wound care, repositioning, handling and mobilisation. A study in an ICU, although underpowered for clinical significance, found three or more nurses were more frequently required for mobilisation and positioning for patients with obesity (p = .007) (Goulart et al, 2017). ICU nurses in one study described "clumping" together the care activities for people with obesity, in order to ensure multiple care tasks could be done, while reducing the repeated frequency of physical care and increasing the likelihood of finding staff to assist them (Shea & Gagnon, 2015).…”

Carga de trabalho numa unidade de internamento hospitalar de acordo com o Nursing Activities Score

“…Neste contexto, destaca-se a importância da quantificação da carga de trabalho, que dará apoio à adequação da equipa de enfermagem em relação às necessidades dos doentes. Ao identificar as características do serviço, contribuirá para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados, preservando a saúde e segurança dos doentes, bem como dos trabalhadores (Goulart, Carrara, Zanei, & Whitaker, 2017). Nesta perspetiva, a carga de trabalho consiste no produto da média diária dos doentes assistidos, de acordo com o grau de dependência e o tipo de cuidados, pelo tempo médio de cuidados de enfermagem utilizados pelo doente de acordo com o grau de dependência e cuidados prestados (Fugulin, Gaidzinski, & Castilho, 2010).…”