Cigarros Eletrônicos E Suas Consequências Histopatológicas Relacionadas À Doenças Pulmonares

Abstract

O cigarro eletrônico surgiu como uma tentativa para minimizar a dependência ao uso de tabaco, entretanto, engloba controvérsias e dúvidas acerca das reais implicações para o organismo humano. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura a fim de relacionar o uso de cigarro eletrônico com suas consequências para os humanos. Os estudos analisados relatam experimentos in vitro e in vivo em camundongos, demonstrando menor concentração de poluentes e nocividades no cigarro eletrônico comparado ao convencional, porém, seu potencial efeito maléfico está relacionado à composição do e-líquido, à maneira do uso e à variedade de aromas presentes nos produtos. Além disso, foram verificadas lesões celulares, hiperreatividade das vias aéreas, liberação de citocinas – IL-8, IL-10 e TNF, redução da ação antimicrobiana de queratinócitos e potencial apoptose nas células alveolares. Foi observado também um aumento em até cinco vezes da concentração de carboxihemoglobina em comparação ao cigarro comum e um aumento na autorenovação de células de adenocarcinoma pulmonar de células não pequenas, devido à expressão de SOX2. Observa-se também que em casos de DPOC, o cigarro eletrônico não apresenta agravamentos na fisiologia respiratória, contrapondo outras ocorrências como asma, pneumonite, câncer de pulmão e doenças infecciosas que podem ser ocasionadas ou exacerbadas pelo seu uso. Contudo, pelo curto prazo de observação de seus efeitos, não é possível determinar com precisão a segurança dos cigarros eletrônicos, dessa forma, faz-se necessário que mais pesquisas longitudinais sejam desenvolvidas, auxiliando, assim, na construção de evidências sobre a segurança dos cigarros eletrônicos e na regulamentação futura do produto.

Danos pulmonares ocasionados pelo uso dos cigarros eletrônicos: uma revisão de literatura

“…Os metais mais recorrentes em e-liquids foram silício, cálcio, alumínio e magnésio que podem contribuir para a patogênese da asma 7 . Outros metais como: sódio, ferro, alumio e níquel; foram encontrados em maiores quantidades nos e-liquids, que em cigarros convencionais 5,7 . Além disso, cobre, magnésio, chumbo, cromo e manganês tem quantidades semelhantes em ambos 7 .…”

“…Outros metais como: sódio, ferro, alumio e níquel; foram encontrados em maiores quantidades nos e-liquids, que em cigarros convencionais 5,7 . Além disso, cobre, magnésio, chumbo, cromo e manganês tem quantidades semelhantes em ambos 7 . Todos estes compostos são causadores de doenças respiratórias e desconforto, além de outras doenças 5 .…”

“…Choi e Bernat (2016)) constataram que o uso de cigarro eletrônico está associado a ataques de asma; na Coréia do Sul, pesquisadores descobriram que jovens que usavam e-cigarettes tinham maior probabilidade de ter um diagnóstico de asma e de faltar à escola devido a sintomas relacionados com a doença. Dessa forma, o uso de cigarros eletrônicos foi associado à maiores chances de asma, independente do uso de cigarro convencional, sendo mais proeminente entre os adolescentes que atualmente usam cigarros eletrônicos, como também àqueles que fizeram utilização contínua anteriormente 7 .…”

“…Nos últimos anos, após notar um notável crescimento do seu uso, associado principalmente ao público de menor faixa etária, se tornou motivo de preocupação entre os especialistas, que passaram a desenvolver diversas pesquisas que evidenciaram sua toxicidade ao ser humano, sabe-se que, atualmente, o uso de cigarro eletrônico entre adolescentes e adultos jovens é três vezes maior do que em adultos mais velhos, pois esses são atraídos pela praticidade e modernidade desses aparelhos 7 .…”

Fatores De Risco Relacionados Ao Uso De Dispositivos Eletrônicos Por Jovens Fumantes: Revisão Integrativa

“…Além de afetar os pulmões, causando lesões pulmonares aguda e pneumonia, seu uso diário pode estar relacionado a alterações orais, como doença periodontal e consequente perda dentária. Tanto os cigarros convencionais como os eletrônicos provocam a dependência da nicotina, dessa forma, o usuário possuiu menor chance de cessação do tabagismo e maior risco de doenças como cardiopatias, neoplasias malignas e acidentes vasculares encefálicos e até sintomas depressivos (ARAÚJO et al, 2022).…”