Este estudo analisa o conhecimento dos agentes comunitários de saúde no controle da tuberculose e a autopercepção do seu nível de conhecimento e de sua importância no enfrentamento da doença, no Município de Vitória, Espírito Santo, Brasil. Tratou-se de um estudo de corte transversal. Um questionário semi-estruturado, auto-aplicável e pré-testado foi preenchido por 105 agentes comunitários de saúde randomicamente selecionados. A comparação das proporções entre os grupos formados pela estratificação por tempo de serviço foi realizada usando-se o teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. A idade média foi de 34,5 (± 9,7) anos. Atuavam há três anos ou menos 66 agentes comunitários de saúde (62,9%). Observou-se que um maior tempo de atividade está relacionado com um aumento do nível de compreensão em torno da doença, bem como das atividades efetivamente realizadas no controle da tuberculose. Contudo, de maneira geral, os conhecimentos e as ações do agente comunitário de saúde mostraram-se muito falhos. Entende-se que com melhorias na educação permanente desses profissionais seria possível uma maior contribuição deles para o aumento da detecção de novos casos na comunidade e para maior adesão dos pacientes ao tratamento.