O Porto de Santos (Santos, SP) é protagonista na economia da cidade, porém suas atividades geram conflitos com o espaço residencial urbano. O objetivo foi mensurar a poluição do ar oriunda de navios no Porto de Santos, para demonstrar aos órgãos públicos a importância dessa problemática, visando promover a melhora da saúde e da qualidade de vida da população da região. A metodologia empregada foi a conversão do volume de cargas transportadas em frações dos poluentes atmosféricos, levando em consideração os portes dos navios e seus trajetos de navegação da entrada do canal do porto até o ponto de atracação durante FEV/2021 a FEV/2022. O dióxido de carbono foi o poluente com maior emissão no período analisado, seguido de óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, óxidos de enxofre, compostos orgânicos voláteis e material particulado. O aumento do volume de mercadorias transportadas e a maior frequência de movimentação teve relação direta com as quantidades de poluentes. O tempo de funcionamento dos motores das embarcações, tanto na entrada quanto na saída do Porto, impactou na quantidade de poluentes, assim como a velocidade de navegação, já que velocidade reduzida na entrada no canal do Porto proporciona maior economia de combustível e consequente menor poluição. Portanto, os resultados sugerem a presença de uma grande quantidade de fontes poluidores atmosféricas na região portuária de Santos, principalmente CO2, sendo o transporte de granel sólido o principal responsável no período analisado.
Palavras-chave: ecotoxicologia; poluição atmosférica; navios.