Construção De Um Modelo De Maturidade No Mercado De Cafés Sustentáveis

Abstract

Este artigo tem como objetivo a construção de um modelo de maturidade para processos certificados no mercado de cafés sustentáveis. A hipótese deste trabalho é a de que o nível de maturidade dos processos certificados está positiva e fortemente associado ao desempenho dessas organizações. Essa hipótese está relacionada ao campo de estudos de modelos de maturidade de processos. O modelo de maturidade foi construído sob a ótica da produção sustentável tendo como base o código de conduta UTZ Certified. Após a sua elaboração, o modelo de maturidade foi validado por especialistas por meio do método do grupo focal. Em seguida, o questionário do modelo de maturidade foi aplicado por meio de um survey aos cafeicultores brasileiros que foram certificados pela UTZ. Os resultados da pesquisa evidenciaram que os cafeicultores que obtiveram o maior nível de maturidade de processos tendem a apresentar um melhor desempenho financeiro e mercadológico. Além disso, os resultados da pesquisa indicam que os cafeicultores com os maiores tempos de certificação apresentaram os maiores níveis de maturidade. Acredita-se que o modelo de maturidade proposto é uma ferramenta importante para gestão de processos no mercado de cafés sustentáveis, pois permitirá avaliar em pesquisas futuras a maturidade dos processos dos cafeicultores certificados.

Circular business models: level of maturity

“…With the advancement of studies on this theme, different models analyzing maturity levels have been disseminated. These studies include a maturity model in the sustainable coffee market by Barra and Ladeira (2018), a Project Management Maturity Model (PMMS) by Grant and Pennypacker (2006), the Prado-MMGP (Maturity Model in Project Management) developed by Darci Prado (Oliveira, 2006),a project office level model proposed by Rodrigues et al (2006) and the Project Management Maturity Assessment model by Knapp and Moore (2010). Additional studies include Rozenfeld et al ’s (2005) PDP Maturity Model, the Organizational Project Management Maturity Model (OPM3) developed by the PMI (2003), the IPMA Competency Baseline described by Andersen and Jessen (2003), the PMMM developed by Kerzner (2002), the Supply Chain Maturity Model by McCormack et al (2003), the study by Ibbs and Kwak (2000); the Pittiglio Rabin Todd & McGrath PDP maturity model developed by McGrath (1998) and the performance measurement assumptions of the Balanced Scorecard by Kaplan and Norton (1997).…”

“…The assumptions for the idealization of maturity models, in general, are associated with business demands to improve process management (Barra and Ladeira, 2018). They can evaluate areas of progress and stagnation of firms, especially when analyzed in a context of supply chain management (McCormack et al , 2003).…”

“…They can evaluate areas of progress and stagnation of firms, especially when analyzed in a context of supply chain management (McCormack et al , 2003). Maturity models are composed of evolutionary levels (typically around five), where the latter is the state of optimization and the maximization of performance is reported (Barra and Ladeira, 2018). The maturation of processes occurs in stages of evolution, from an initial stage to a final stage and where the process occurs through the incorporation of best practices (Lahti et al , 2009).…”

“…Therefore, there is a conception of continuous improvement, based on incremental changes and not on radical transformations of processes (Barra and Ladeira, 2018), specifics already existent in the first models of maturity idealized and described by the scientific literature, as illustrated, for example, in the study by Crosby (1979). A primary goal is to contribute to the improvement of different sectors’ green total factor productivity (Zhu et al , 2018).…”

Registros De Manejos Na Cafeicultura Orgânica: Um Estudo De Caso Do Grupo De Produção De Café Orgânico De Divino-Mg

“…A produção orgânica e agroecológica surge como opção para a agricultura familiar camponesa, atuando no viés de sustentabilidade, em que a atividade agrícola busca estar ambientalmente equilibrada, economicamente viável e socialmente justa (Barra & Ladeira, 2018).…”