A assimetria entre relativas de sujeito e de objeto tem sido atestada nos trabalhos sobre processamento com adultos (WANNER; MARATSOS, 1978; WARREN; GIBSON, 2002) e em aquisição da linguagem (UTZERI, 2007; ADANI; SEHM; ZUKOWSKI, 2012). No âmbito da aquisição, Friedmann, Belletti e Rizzi (2009) sugeriram um tratamento formal, em termos de efeitos de intervenção e Costa et al. (2015) expandiram o alcance da proposta para relativas PP, considerando dados do português europeu. Este trabalho amplia essa discussão, a partir de um estudo de eliciação com crianças de 4-5 anos falantes de português brasileiro, contrastando relativas PP, com verbos inergativos, com intervenção, e meteorológicos, sem intervenção. Nossos resultados indicam diferenças entre esses tipos de verbos para crianças mais novas. Sugere-se que o alcance explicativo da hipótese da intervenção pode ser impactado ao se considerarem custos de processamento na produção vinculados à disponibilidade de estruturas alternativas, menos complexas, na língua.