Correlação espacial entre o excesso de peso, aquisição de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento humano no Brasil

Abstract

Resumo O objetivo foi analisar a distribuição espacial da prevalência de excesso de peso e sua correlação com insegurança alimentar, aquisição de alimentos por tipo de processamento e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no Brasil. Estudo ecológico, com dados de três inquéritos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Utilizou-se técnicas de estatística espacial para análise univariada e bivariada. A prevalência de excesso de peso encontrada para o Brasil foi de 34,2% (IC95% 33,8-34,6%). O excesso de peso apresentou autocorrelação espacial moderada (0,581; p = 0,01) e maiores prevalências nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As prevalências de excesso de peso apresentaram correlação espacial positiva e moderada com o IDH (0,605; p< 0,05), proporção de aquisição domiciliar de produtos alimentícios ultraprocessados (0,559; p< 0,05); e correlação negativa e moderada com a prevalência de domicílios em insegurança alimentar (-0,561; p< 0,05). Conclui-se que a ocorrência de excesso de peso encontrava-se desigualmente distribuída no território brasileiro. As prevalências mais elevadas foram encontradas nos estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, associadas a maiores valores de IDH e proporções de aquisição de produtos alimentícios ultraprocessados.

Ultra-Processed Food Availability and Noncommunicable Diseases: A Systematic Review

“…These five studies used the Euromonitor Passport Global Market Information Database, which collects sales volume data, from many countries worldwide, from various sources including trade associations, industry bodies, company financial reports, and official government statistics [ 31 , 33 , 35 , 38 , 39 ]. The others six studies in this systematic review used purchase data from HBS [ 30 , 32 , 34 , 36 , 37 , 40 ]. To classify food according to the purpose and extent of processing, six studies [ 30 , 32 , 33 , 34 , 36 , 37 ] used NOVA [ 7 ], a system that was launched in 2010, and one used a classification developed at the International Food Policy Research Institute [ 40 ].…”

“…The others six studies in this systematic review used purchase data from HBS [ 30 , 32 , 34 , 36 , 37 , 40 ]. To classify food according to the purpose and extent of processing, six studies [ 30 , 32 , 33 , 34 , 36 , 37 ] used NOVA [ 7 ], a system that was launched in 2010, and one used a classification developed at the International Food Policy Research Institute [ 40 ]. The other four specified the type of UPF studied, namely, soft drinks [ 31 , 35 , 39 ] and fast food [ 38 ].…”

“…Of the 11 selected studies, five studies explored the association of UPF availability with only BMI increase [ 33 , 38 ], overweight [ 30 , 32 ] or obesity [ 34 ]. The other six studies evaluated the association of UFP availability using both prevalence of overweight or obesity as separate outcomes in the same sample [ 31 , 35 , 36 , 37 , 39 , 40 ].…”

Mortalidade Por Câncer De Boca Frente Às Desigualdades Sociais E O Desenvolvimento Humano No Brasil: Um Estudo Ecológico

“…O software GeoDa 1.10.0.8 (Spatial Analysis Laboratory, University of Illinois, Urbana Champaign, EUA) foi utilizado para proceder a análise para avaliação da autocorrelação espacial da variável coeficiente de mortalidade por câncer de boca (VALE et al, 2019). Essa análise gerou o Índice de Moran Local e os mapas de correlação espacial (LISA), onde os clusters puderam ser avaliados como positivos ou negativos e como fracos (<0,3), moderados (0,3-0,7) ou fortes (>0,7), como utilizado na avaliação da correlação de Pearson.…”

Pegada hídrica da alimentação de adolescentes do Brasil: relações com o consumo de fast food e o local de moradia

“…Um estudo constatou que um em cada quatro adolescentes brasileiros referiram consumir diariamente ultraprocessados (Costa et al, 2018). Além disso, o maior consumo e disponibilidade desses alimentos em domicílios brasileiros foi identificado em unidades federativas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste brasileiras (Vale et al, 2019).…”