COVID-19 e a saúde mental de médicos residentes na atenção primária

Abstract

Introdução: A pandemia da COVID-19 tem feito inúmeras vítimas fatais em todo o mundo. Ela não apenas ameaça a esfera física do indivíduo, como também pode gerar importante adoecimento psicológico na população, principalmente por conta do medo de contrair a doença. Objetivo: Avaliar a relação do medo da COVID-19 com sintomas ansiosos e depressivos dos residentes de Medicina de Família e Comunidade da região metropolitana de Fortaleza. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo analítico, correlacional e transversal, no qual os participantes responderam a um formulário eletrônico que continha um questionário elaborado pelos autores e os instrumentos Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e Escala de Medo do COVID-19 (EMC-19). Resultados: A pesquisa contou com 50 participantes. Verificou-se que 52% dos residentes apresentavam sintomas de ansiedade, 36% sintomas depressivos e 22% possuíam medo da doença de moderado a intenso. As maiores médias de medo foram dos residentes que já tratavam ansiedade ou depressão e dos residentes que iniciaram tratamento durante a pandemia. Conclusões: O estudo demonstrou que uma porcentagem relevante dos pesquisados apresentou sintomas de ansiedade e depressão, além de mostrar associação direta entre esses sintomas e o medo da COVID-19. Conclui-se enfatizando que o contexto pandêmico exige maior atenção às circunstâncias da saúde mental dos residentes de Medicina de Família para propor medidas de enfrentamento mais resolutivas à problemática.

COVID-19 Contamination, Changes in Work Routine and the Impacts on the Mental Health of Primary Care Professionals in Salvador-Ba, Brazil, 2022

“…When compared to other investigations, Shi et al [29], 2022, in China, presented similar results -68.1%. Lower prevalences were found in studies by Lobo et al, in Brazil, in which 52% had anxiety up to 8.3% [30]. Described in the study by Maroto et al [31], among physicians working in Primary Care in Spain.…”

Saúde física e mental no contexto da COVID-19: revisão sistemática de dissertações (2021-2023)

“…Aproximadamente 11,43% das dissertações que abordaram a temática investigada foram submetidas ao programa de mestrado em ciências da saúde e da vida. Esse percentual mais expressivo possivelmente reflete o alinhamento dos objetivos, foco e linhas de pesquisa adotadas pelos pesquisadores da referida universidade [13][14][15] .…”

“…Ademais, nota-se a presença de egressos dedicados à enfermagem e gerontologia, que tradicionalmente concentram-se no desenvolvimento de estudos relacionados aos processos de saúdedoença e cuidados em saúde, o que ressalta a importância dos estudos empreendidos envolvendo grupos populacionais específicos, tais como profissionais da saúde em todos os níveis de atenção, cuidadores, médicos e enfermeiros atuantes em unidades de terapia intensiva (UTI) [13][14][15] . Além disso, enfatiza-se a relevância das pesquisas com foco nas populações mais vulneráveis, incluindo idosos, indivíduos com comorbidades, deficiências, e outros grupos, especialmente durante a fase crítica do surto de casos da pandemia 16,17 .…”

Prevalência de sintomas depressivos e fatores relacionados em trabalhadores de saúde da atenção primária: revisão integrativa

“…Verificou-se que 12% deles iniciaram psicoterapia e 16% tiveram que realizar tratamento medicamentoso para ansiedade e/ou depressão durante a crise de saúde pública. Além disso, outros 24% já faziam tratamento para ansiedade ou depressão antes da pandemia (Lobo et al, 2022).…”